Oii pessoas!
Bom, é uma tristeza, mas tenho que dizer que esse é o post relacionado ao último dia de desfiles da SPFW 2010.
Bom, vamos deixar isso de saudades e lamentações e vamos ao que interessa.
Nesta estação, o tempo fechou. Apesar do rosinha na cartela de cores, há uma sombra de antigamente que aparece menos no desenho das peças e mais no styling, não filtrado. A ironia é que, patrocinada por marca de filtros de papel para coar café, Isabela Capeto escreveu no texto entregue aos jornalistas que estes são os tempos em que precisamos... Filtrar. As roupas são vestidos bem femininos, retos ou em linha A, acinturados. As saias são tipo envelope; as calças são retas ou bufantes. Os marrons e os vermelhos estampados pesam. Não são os jeans mais bonitos do mundo, mas o macacão de flanela xadrez é belíssimo. Os pretos do início, com pele, são carregados, porém o mesmo não acontece com as peças de tule, nem com os rosas mais dourado, nem com os multicoloridos, de listras ou florais. O cargigã todo bordado, o vestido todo bordado, a calça toda bordada na frente - sua marca registrada continua sendo bem executada e ajuda, como sempre, a deixar a roupa preciosa. Mas usados com meia colorida, sapato de tressê mais cadarço, cabelos com fitas trançadas e bijoux mil, formou uma imagem que nega o movimento anterior, de leveza, que a marca alega seguir.
Há meses foi noticiado que Gloria Coelho estaria mais envolvida com a Carlota Joakina, voltando a dirigir sua marca jovem. Apesar da assessoria de imprensa negar a participação da estilista minutos antes do desfile, são visíveis os toques da "mãe" - a começar pelo tema Arquitetura das flores (Gloria também tem usado a arquitetura como inspiração na sua grife homônima há duas temporadas). Mas o fato principal dessa coleção de inverno é que, depois de várias estações em que a criação da Carlota Joakina foi assinada por grupos, trios e duplas, é a primeira vez que Camila Bertolote, que já era do staff, responde sozinha pela coleção. E o resultado é bom. O desfile trouxe de volta o DNA da marca, mais adulto, sem brinquedinhos - Lego, plástico colorido, luzes que acendem, boias, nada disso foi reeditado. Formas secas, cartela de cores sóbria e precisa (preto, cinza, off-white, nude, azul petróleo), leggings, jaquetas e alguns vestidinhos, é tudo o que a cliente da Carlota precisa para ser feliz. E as peças têm boas sacadas: para quebrar a feminilidade excessiva dos vestidos de babados, por exemplo, zíperes pretos foram usados como fecho. Seda, chiffon, tricô, tule e malha simplificam - e facilitam - ainda mais a vida. Para os dias de festa, vestidos nude feito de pétalas de tecido (das tais flores do tema) são a sequência mais sofisticada da apresentação.
Com Felipe Andreoli no texto de abertura, ocupando o lugar de Fernanda Young na última temporada, a temática da Reserva era sobre celebridades. "Homens-produto, que travam uma verdadeira batalha, fazendo o impossível para se destacar", diz a marca. A premissa é divertida. A trilha sonora, de Jackson Araújo com one hit wonders (de Susan Boyle a Ice MC), é mais uma vez um primor. O esforço da marca, se arriscando no minúsculo mercado da moda masculina, é sempre louvável. Mas com um personagem tão banana como esse, fica difícil fazer uma coleção tão inspirada quanto as duas anteriores. Curioso notar que a Reserva imprimiu ares de desfile de marca italiana em Milão, com o visual pesado, meio escuro e com pitadas de um roxo muito característico daquelas passarelas. Uma vibe assim, misturada com a ginga carioca, causa uma estranheza que não se sabe bem de onde vem. Mas se isso é um problema, fica restrito ao desfile. Pois olhando com atenção, percebe-se que Rony Meisler e sua equipe não perderam a pegada. O guarda-roupa dos seus personagens continuam com boas peças. A marca vai na onda dos tecidos resinados e reflexivos, em camisas, bermudas e, principalmente, nos sensacionais tricôs do final, prensados com tinta preta ou metálica. As calças, em jeans e alfaiataria, são skinny (mas sem exageros fashionistas) e ganham debruns brancos. O xadrez da estação está lá, junto de boas estampas ópticas nos cardigãs leves e nas neoceroulas. Acompanhando o pacote, ótimos docksides abotinados, desenvolvidos em parceria com a clássica marca Sebago. Em suma, uma boa coleção de prateleira, que vai agradar, como sempre, o público do Pica-Pau fluminense.
A grife DoEstilista traz um desfile sombrio, triste e com imagens fortes como a de pessoas com a corda no pescoço. Literalmente. Andando sobre o negro carvão, amigos célebres de Marcelo Sommer desfilaram, de cara fechada, roupas escuras, puídas, com tingimento tipo amador, feito na medida para dar o ar de bom dia tristeza, tão tarde tristeza. A encenação foi claramente mais importante do que a moda nas intenções do estilista, já que não havia propostas novas, a não ser pelo onipresente preto e o couro de jacaré, usado de maneiras interessantes. De resto, eram os vestidos de sempre, com barra na altura das canelas, jeito retrô. Muito xadrez. Saias volumosas. Calça ajustada + paletó ou mantô para eles, que faziam o estilo caçador urbano. Mas isso, nós já havíamos visto.
Percebi que posso reproduzir nesta estação quase que palavra por palavra o release que a assessoria de imprensa dele fez sobre a coleção anterior. Olhem as fotos e vejam se não tenho razão: "criações que embaralham memórias: exuberância dos trópicos, etnias psicodélicas, listras, pássaros, pontas, laços estilizados, malícia de vedetes, vestidos de festa, recortes e dualidade de formas". André Lima faz roupas bem feitas que têm como finalidade embelezar as mulheres. Consegue. Mas, anda exagerando na repetição do que tem apresentado nas passarelas. Estilo é uma coisa - e ele tem de sobra -, repetição é outra. A exuberância dos chapéus, o tamanho das caudas, o volume dos babados são divertidos e fazem parte do show. Mas ele ficou devendo uma proposta mais diferenciada para o inverno.
É isso aí pessoal, com o desfile do André Lima, encerramos a semana de moda de São Paulo. Desculpem-me pela demora em postar sobre os 6 dias, mas é que realmente, fazer algo bom, tem de ser feito de uma forma mais crítica.
Espero que tenham gostado.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
28 de janeiro de 2010
SP Fashion Week [5° dia]
Oii pessoas!
É... e aqui estamos, no penúltimo dia da SPFW, e por conta disso, chega de falar sobre isso e vamos ao que realmente importa, não é!?
Tecnologia, futuro, laser. Não há como falar de Jefferson Kulig sem mencionar tais palavrinhas. O estilista é um entusiasta do tema e busca a cada apresentação materiais novos (emborrachados, com silicone etc) e silhuetas futuristas. Em uma apresentação curta, com cerca de 20 looks, ele levou para a passarela boas ideias de vestidos-camisetas - principalmente a sequência com golas altas listradas (repare que algumas listras eram de tule e davam um contraste interessante entre a silhueta real, do corpo da modelo, com a criada pela roupa) e os com estampas de tricô (feitos de um tipo de moletom tecnológico que tem toque semelhante à helanca). O mix de materiais e cores das jaquetas do início também causou boa impressão. E, assim como a Iódice, Jefferson criou uma renda à laser (funcionou mais no preto) - numa provável tentativa de deixar mais feminino o hi-tech. Ainda sobre feminiliade, os looks drapeados em jérsei e máxipaetês poderiam ser evitados. De aparência pesada, andaram no sentido oposto do restante das peças: não era futurista, nem na forma, nem no conteúdo.
Pode-se dizer que foi a coleção menos Neon da Neon. As mulheres estavam lindas como sempre, com suas bocas vermelhas e seus cabelos brilhando como a seda (ou Seda?) e seus trejeitos de granfinas entediadas. O tédio era tanto que elas resolveram dar uma virada no guarda-roupa e sairam às compras para um novo look. Resolveram que seriam menos Bond Girls para se ligarem mais na luz do dia, nas aves e nos animais (às vezes como caças, às vezes como caçadoras). Como acontece sempre diante de uma novidade, nem tudo dá certo. Algumas roupas novas eram muito bonitas e outras, apenas coloridas (como a capa de lã amarelona). Para o dia-a-dia a escolha foram blusas de seda usadas com calças de alfaiataria e botas altas por fora; ou então vestidos curtos confortáveis, como o roxo bem godê. Como estas mulheres amam roupas estampadas, não resistiram e colocaram várias na sacola, mas o grande achado foram os casaquetos feitos com com o trabalho artesanal Mola, tipico dos indios panamenhos. Eles são recortes de tecidos coloridos que formam desenhos parecidos com estampas quando vistos de longe e de perto causam um efeito sensacional. O que torna as mulheres Neon adoráveis é que têm um enorme senso de humor e, uma vez que entram na brincadeira, vão até o fim inventando uma festa na floresta para convidar os amigos e para usar as mais loucas fantasias de tucano, coruja, urso, arraia e elefante que fizeram a platéia aplaudir e se divertir com elas.
Nesta estação, suas mulheres vestem calças amplas - uma delas, realmente maxi, mais parece uma saia inconformada com sua situação; pouco bonita, mas interessante como proposta. Cetim e cirê ficam extramolengas e, com o andar, tomam formas desajeitadas que não agradam o olhar. Já na gaze de seda e no tweed, as roupas com panos que sobram, repuxam, aparecem e reaparecem de todos os lados, funcionam bem melhor. A não ser no top-casaqueto feito de pele, a inserção do material em detalhes é feita com timidez e, por isso mesmo, fraca. Se existe alguém fiel ao seu estilo, é Wilson Ranieri. Temporada após temporada, ele apresenta suas peças construídas em moulage e, invariavelmente, de tons rosa. O compromisso é louvável, mas em alguns momentos, você acha que já viu aquilo antes.
Diz o release, escrito pelo próprio Lino Villaventura, que para fazer esta coleção "calcei as sandálias de Hermes e voei na imaginação", como se alguma vez ele tivesse voado em outra coisa! Lino fez a coleção com seus materiais favoritos: o tule, as rendas, a seda, a organza, a gaze. Fez com elas o que mais gosta e sabe: bordou, torceu, nervurou, tingiu e retingiu. A novidade é que, desta vez, interferiu mais na forma das roupas, criando para algumas delas uma modelagem menos fantasiosa como os três bonitos tailleurs justos e de saia pelo jelho com paletó acinturado e efeitos matelassé que poderiam perfeitamente ser usados em um jantar solene ou um casamento. Fez também alguns vestidos de festa curtos, bastante jovens e sexy, que vestiriam bem mulheres e meninas mais jovens do que sua clientela habitual. Não que ele desta vez tenha seguido tendências - não é seu estilo. Ele faz a moda como imagina e cria com isso sua própria assinatura e tendência.
Bom, e assim terminou o 5°, isso mesmo, o penúltimo dia da SPFW.
Vamos chegando ao fim... mas outras estações virão.... e com certeza esse vai ficar marcado.
Espero que estejam apreciando.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
É... e aqui estamos, no penúltimo dia da SPFW, e por conta disso, chega de falar sobre isso e vamos ao que realmente importa, não é!?
E tudo começa com o meu querido e perfeito Alexandre Herchcovitch, que além de um excelente estilista, tira inspirações inacreditáveis. A inspiração da vez é O sétimo selo, filme medieval de Ingmar Bergman. Dark e pesado, o desfile conversa com a coleção de verão 2008, baseada no black metal. E é o contraponto com a última temporada, que somada a esta dá a exata medida do Alexandre atual. Naquela, o foco era a perfeição na alfaiataria, vestindo um dândi com um quê cínico. Agora, sinalizando a pecha underground que fez seu DNA, o estilista carrega na personagem mortal e bizarra, mas com uma vibe quase... Pacífica. Como se fosse uma morte sem pressa, quase amiga, daquelas de beber no bar, esperando a vez de dar o xeque-mate. É claro: imagem é tudo e o makeup é preciosista, mas as roupas são o show do momento. Alexandre pisou em cima de todos os outros (pouco) concorrentes e fez a melhor coleção masculina desta temporada. Acertada, arraigada, atual, fina, usável e vendável. Como a boa morte, a onda aqui é em tons de cinza, preto e branco - à parte o xadrez vermelho. A silhueta é larga, disposta sobre leggings, e faz referências à dualidade de personagens de Bergman (mas sem ser cabeça como pode soar). Da mesa de xadrez, foi importado o quadriculado preto e branco. Do homem medieval vem tricôs brilhantes, feito malhas de metal. Da morte, capuzes, mantos e trenchs desconstruídos - num lado o braço normal, com silhueta marcada; no outro, a abertura desmontada, à la poncho em um exercício sensacional de modelagem (assim como o macacão em xadrez e preto, que parecem peças separadas à primeira vista).
OEstúdio está para a moda como a Tryptique para a arquitetura. Uma união de gente que gosta de pensar em novas formas de fazer. Aqui, no caso do coletivo carioca, de fazer moda. Latu sensu. Passando a régua, há mais conceito do que roupa. Há mais energia gasta em propor imagens de apresentação do que esforço em renovar o vestir. Neste inverno, a coleção foi mostrada em vídeo, num big telão na sala 2. Um menino daqui, uma menina daqui, que vão aparecendo com roupas feitas de lã xadrez, malha de estampa fluo, veludo verde. Devagar, entram em sintonia nessa moda, até se cruzarem e dividirem a mesma capa de chuva - uma imagem delicada, no melhor estilo final feliz, ajudada pela trilha de Bach. O fato é que a apresentação engole a atenção que se coloca sobre as roupas, que são qualquer nota - ela é mera coadjuvante neste espetáculo de tecnologia.Tecnologia, futuro, laser. Não há como falar de Jefferson Kulig sem mencionar tais palavrinhas. O estilista é um entusiasta do tema e busca a cada apresentação materiais novos (emborrachados, com silicone etc) e silhuetas futuristas. Em uma apresentação curta, com cerca de 20 looks, ele levou para a passarela boas ideias de vestidos-camisetas - principalmente a sequência com golas altas listradas (repare que algumas listras eram de tule e davam um contraste interessante entre a silhueta real, do corpo da modelo, com a criada pela roupa) e os com estampas de tricô (feitos de um tipo de moletom tecnológico que tem toque semelhante à helanca). O mix de materiais e cores das jaquetas do início também causou boa impressão. E, assim como a Iódice, Jefferson criou uma renda à laser (funcionou mais no preto) - numa provável tentativa de deixar mais feminino o hi-tech. Ainda sobre feminiliade, os looks drapeados em jérsei e máxipaetês poderiam ser evitados. De aparência pesada, andaram no sentido oposto do restante das peças: não era futurista, nem na forma, nem no conteúdo.
Pode-se dizer que foi a coleção menos Neon da Neon. As mulheres estavam lindas como sempre, com suas bocas vermelhas e seus cabelos brilhando como a seda (ou Seda?) e seus trejeitos de granfinas entediadas. O tédio era tanto que elas resolveram dar uma virada no guarda-roupa e sairam às compras para um novo look. Resolveram que seriam menos Bond Girls para se ligarem mais na luz do dia, nas aves e nos animais (às vezes como caças, às vezes como caçadoras). Como acontece sempre diante de uma novidade, nem tudo dá certo. Algumas roupas novas eram muito bonitas e outras, apenas coloridas (como a capa de lã amarelona). Para o dia-a-dia a escolha foram blusas de seda usadas com calças de alfaiataria e botas altas por fora; ou então vestidos curtos confortáveis, como o roxo bem godê. Como estas mulheres amam roupas estampadas, não resistiram e colocaram várias na sacola, mas o grande achado foram os casaquetos feitos com com o trabalho artesanal Mola, tipico dos indios panamenhos. Eles são recortes de tecidos coloridos que formam desenhos parecidos com estampas quando vistos de longe e de perto causam um efeito sensacional. O que torna as mulheres Neon adoráveis é que têm um enorme senso de humor e, uma vez que entram na brincadeira, vão até o fim inventando uma festa na floresta para convidar os amigos e para usar as mais loucas fantasias de tucano, coruja, urso, arraia e elefante que fizeram a platéia aplaudir e se divertir com elas.
Nesta estação, suas mulheres vestem calças amplas - uma delas, realmente maxi, mais parece uma saia inconformada com sua situação; pouco bonita, mas interessante como proposta. Cetim e cirê ficam extramolengas e, com o andar, tomam formas desajeitadas que não agradam o olhar. Já na gaze de seda e no tweed, as roupas com panos que sobram, repuxam, aparecem e reaparecem de todos os lados, funcionam bem melhor. A não ser no top-casaqueto feito de pele, a inserção do material em detalhes é feita com timidez e, por isso mesmo, fraca. Se existe alguém fiel ao seu estilo, é Wilson Ranieri. Temporada após temporada, ele apresenta suas peças construídas em moulage e, invariavelmente, de tons rosa. O compromisso é louvável, mas em alguns momentos, você acha que já viu aquilo antes.
Diz o release, escrito pelo próprio Lino Villaventura, que para fazer esta coleção "calcei as sandálias de Hermes e voei na imaginação", como se alguma vez ele tivesse voado em outra coisa! Lino fez a coleção com seus materiais favoritos: o tule, as rendas, a seda, a organza, a gaze. Fez com elas o que mais gosta e sabe: bordou, torceu, nervurou, tingiu e retingiu. A novidade é que, desta vez, interferiu mais na forma das roupas, criando para algumas delas uma modelagem menos fantasiosa como os três bonitos tailleurs justos e de saia pelo jelho com paletó acinturado e efeitos matelassé que poderiam perfeitamente ser usados em um jantar solene ou um casamento. Fez também alguns vestidos de festa curtos, bastante jovens e sexy, que vestiriam bem mulheres e meninas mais jovens do que sua clientela habitual. Não que ele desta vez tenha seguido tendências - não é seu estilo. Ele faz a moda como imagina e cria com isso sua própria assinatura e tendência.
Bom, e assim terminou o 5°, isso mesmo, o penúltimo dia da SPFW.
Vamos chegando ao fim... mas outras estações virão.... e com certeza esse vai ficar marcado.
Espero que estejam apreciando.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
SP Fashion Week [4° dia]
Oiii pessoas!
Como eu havia dito, vamos nós a mais uma análise dos desfiles de Inverno 2010 na SPFW.
Nesse 4° dia, começando com Gloria Coelho.
O impacto não foi o mesmo da estação passada. Depois de ter criado a série de vestidos arquitetônicos que se tornaram ícones do verão anterior, era natural que Gloria Coelho desdobrasse a idéia em mais possibilidades - o que ela fez com a perfeição de execução de sempre. O desfile abre com uma boa série de jaquetas e saias de zibeline e cetim num jogo de esportivo/habillé mais transparente/opaco, passa depois para as famosas peças construídas de fitas para chegar num novo e interessante volume fole, que transforma a rígida linha das arquiteturas em arredondadas formas orgânicas. Na sequência, vestidos em pregas de cetim e o final, lindo, com as melhores peças da coleção, em plumas verdadeiras ou recortadas em organza. Para dar o traço de modernidade, uma faixa preta percorria as mangas do punho até os ombros. As cores eram suaves - do off white ao nuvem passando, pelo rosé. Lindas as meias com fio atrás e na frente que acompanhavam os looks.
Dando continuidade, Erika Ikezili, continuou no caminho da suavidade. E acertou. Com cores lavadas (os dois tons mais fortes são vinho e preto), Erika partiu da arte figurativa das obras de Mira Schendel, Kumi Yamashita e Fred Eerdekens para criar roupas com volume nos ombros e com pontas que davam movimento às peças - a construção cuidadosa é uma boa herança da sua fase das dobraduras exageradas. Deixar as calças mais curtas e combiná-las com ankle boots trouxe frescor à coleção. Assim como evitar as mínis, o que poderia envelhecer os looks, deixou tudo bem feminino e delicado. Destaque para os últimos vestidos pretos e para os deliciosos acessórios. As ankle boots e as bolsas com franjas de metal têm tudo para virar hit entre as modernas.
Um dos melhores desfiles da temporada da grife Amapô, pode ficar sabendo - e quando isso acontece, parece que dá pra sentir antes, e de longe. Com cenário marcante, trilha forte e uma Fernanda Lima nada maternal, o desfile começou com vestido jeans feito de tiras e unidos por zíperes. A técnica foi usada em casacos, calças e saias, fazendo peças de roupas com vazados inesperados e interessantes. Outro tecido usado foi o "pano sujo do pincel"; um xadrez que apareceu amarrotado e volumoso - bem volumoso - em uma saia, depois no paletó do menino. O estampadão à la Amapô, um vestido de tiras, zíperes e uma senhora manga volumosa, foi aplaudidíssimo pelos amigos, e com razão. E a calça tipo Obelix sustentada por suspensórios lapela? E as falsas mangas amarrando paletós e saias e mangas? E as tachas perfeitamente aplicadas na calça xadrez e na bermuda masculina?
A roupa do inverno da Huis Clos deu uma afinada. Os volumes diminuiram, se afunilaram e ficaram ainda mais elegantes. Especialmente porque souberam guardar alguns drapeados para enriquecer os ombros e uns bons centimetros de tecido para envolver os braços em lindas mangas sinuosas e cheias de recortes. Clô Orozco, como diretora de criação e Sara Kawasaki, a estilista, pensaram numa mulher muito refinada para criar o inverno. Pensaram que esta mulher vai ter vários almoços, jantares e festas para ir, oportunidade de sobra para exibir os vestidos tubo delicadamente enfeitados ou debruados de franjas, plumas ou peles. Cuidaram muito também de escolher para esta roupas tecidos da melhor qualidade - tendo, inclusive, achado uma lã com um trabalho que se parecia com uma laise em tamanho maior. Ar livre? Só se for para ir assistir a uma corrida de cavalos ou para ser madrinha de um casamento muito chic, com seus vestidos e mantôs na altura do joelho. Por isso a passarela da marca não mostrou nenhuma calça comprida, nenhuma bermuda, nenhuma roupa mais esportiva. Não que esta mulher tenha se preocupado com a ausência delas; ela sabe muito bem que vai encontrar várias destas peças nas lojas da marca, pois até mesmo as finas fazem suas caminhadas, tem seus trabalho e frequentam os (bons) supermercados da cidade. Uma linda, preciosa e precisa coleção de inverno que, além do mais, parece ter mais uma qualidade: agradou a todas as mulheres da plateia devendo, portanto, ser fácil de vender (e desde quando chic não combina com cheque?).
É rotina de SPFW sair de um desfile da 2nd Floor suspirando "ah, mas que graça!". Ao contrário da marca mãe, a Ellus, que tem obrigação de ser impressionante, esta tem uma pegada jovem que dá mais abertura a bonitices de passarela, sem largar mão do tino comercial. E com uma boa ajuda do styling de Letícia Toniazzo, sempre afiadíssimo - desta vez, com o apoio de máscaras de crochê criadas pela gaúcha Helen Rödel. Para o inverno, a inspiração abocanhou o hype sobre Sherlock Holmes (revivido pelo novo filme com Robert Downey Jr.) e outros detetives, incluindo o clássico jogo de tabuleiro. E o que veio foi mais uma apresentação graciosa, liderada por Adriana Bozon e sua equipe de estilo. O trenchcoat, ícone detetivesco, foi relido e reconstruído em vestidos, casacos e pelerines. A sequência foi do cinza mescla (que deu forma a leggings para elas e até para eles, mais larguinhas, tipo ceroulas) ao preto dos vestidos com pedrarias do final, passando pelo jeans azul escuro, manchado de tinta, e estampas micro e macro. Assim como na Ellus e seu leather denim, há a invenção da vez. Uma técnica de fusão mescla tranças de tricô, em ponto largo, com o moletom e a lã de casacos e abrigos. O resultado é conceitualmente bonito (vale acionar a ferramenta de zoom!), mas não deve ser um sucesso de vendas para além da bolha fashionista.
A Animale entrou num redemoinho de pesquisa tecnológica - e não está conseguindo sair. Ela quer os tecidos mais absurdos, os recortes mais improváveis, as estampas mais modernas, os adornos mais incríveis. E só o que a gente quer é se vestir bem. Mesmo com todo esse investimento, o que importa é a roupa no corpo. Nesse quesito, vale ressaltar que poucas coisas ali são realmente desejáveis, porque aquela história de fazer paletó, calça, top, vestido... É coisa do passado. O que a marca faz são vestes - que podem lembrar paletós, calças, tops, vestidos. Tudo parece um pano jogado sobre o manequim e que recebe um jato congelante - do jeito que parar, parou. É claro que as pesquisas são uma virtude. Que as tachas de acrílico dão belo efeito nas peças. Que o feltro desgastado tem personalidade. Que os recortes no tecido dão movimento às roupas, assim como as estampas, de engrenagem, têm tudo a ver com o estudo do tema - desta vez, o avanço para o futuro versus o desgaste do tempo. Mas é que o novo, muito novo, novíssimo, se usado sem parcimônia, também pode ficar datado em cinco minutos. E não era ontem mesmo que a Animale fazia a roupa das moças sexy? Se está fazendo sucesso nas lojas e, por isso mesmo, resistindo com a consultoria e a equipe de estilo, não deve ser com essas ultramodernidades todas.
E com isso, fechamos mais um dia da SPFW, contando agora os dias para o grande e magnífico encerramento. Sim, somente mais dois dias e o maior evento de moda da América Latina estará finalizado, mas sem deixar de ser lembrado, porque cada coleção é única e perfeitamente deslumbrante. Espero que tenham gostado. Agora, vamos preparando os corações para os dois últimos dias da SPFW.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Como eu havia dito, vamos nós a mais uma análise dos desfiles de Inverno 2010 na SPFW.
Nesse 4° dia, começando com Gloria Coelho.
O impacto não foi o mesmo da estação passada. Depois de ter criado a série de vestidos arquitetônicos que se tornaram ícones do verão anterior, era natural que Gloria Coelho desdobrasse a idéia em mais possibilidades - o que ela fez com a perfeição de execução de sempre. O desfile abre com uma boa série de jaquetas e saias de zibeline e cetim num jogo de esportivo/habillé mais transparente/opaco, passa depois para as famosas peças construídas de fitas para chegar num novo e interessante volume fole, que transforma a rígida linha das arquiteturas em arredondadas formas orgânicas. Na sequência, vestidos em pregas de cetim e o final, lindo, com as melhores peças da coleção, em plumas verdadeiras ou recortadas em organza. Para dar o traço de modernidade, uma faixa preta percorria as mangas do punho até os ombros. As cores eram suaves - do off white ao nuvem passando, pelo rosé. Lindas as meias com fio atrás e na frente que acompanhavam os looks.
Dando continuidade, Erika Ikezili, continuou no caminho da suavidade. E acertou. Com cores lavadas (os dois tons mais fortes são vinho e preto), Erika partiu da arte figurativa das obras de Mira Schendel, Kumi Yamashita e Fred Eerdekens para criar roupas com volume nos ombros e com pontas que davam movimento às peças - a construção cuidadosa é uma boa herança da sua fase das dobraduras exageradas. Deixar as calças mais curtas e combiná-las com ankle boots trouxe frescor à coleção. Assim como evitar as mínis, o que poderia envelhecer os looks, deixou tudo bem feminino e delicado. Destaque para os últimos vestidos pretos e para os deliciosos acessórios. As ankle boots e as bolsas com franjas de metal têm tudo para virar hit entre as modernas.
Um dos melhores desfiles da temporada da grife Amapô, pode ficar sabendo - e quando isso acontece, parece que dá pra sentir antes, e de longe. Com cenário marcante, trilha forte e uma Fernanda Lima nada maternal, o desfile começou com vestido jeans feito de tiras e unidos por zíperes. A técnica foi usada em casacos, calças e saias, fazendo peças de roupas com vazados inesperados e interessantes. Outro tecido usado foi o "pano sujo do pincel"; um xadrez que apareceu amarrotado e volumoso - bem volumoso - em uma saia, depois no paletó do menino. O estampadão à la Amapô, um vestido de tiras, zíperes e uma senhora manga volumosa, foi aplaudidíssimo pelos amigos, e com razão. E a calça tipo Obelix sustentada por suspensórios lapela? E as falsas mangas amarrando paletós e saias e mangas? E as tachas perfeitamente aplicadas na calça xadrez e na bermuda masculina?
A roupa do inverno da Huis Clos deu uma afinada. Os volumes diminuiram, se afunilaram e ficaram ainda mais elegantes. Especialmente porque souberam guardar alguns drapeados para enriquecer os ombros e uns bons centimetros de tecido para envolver os braços em lindas mangas sinuosas e cheias de recortes. Clô Orozco, como diretora de criação e Sara Kawasaki, a estilista, pensaram numa mulher muito refinada para criar o inverno. Pensaram que esta mulher vai ter vários almoços, jantares e festas para ir, oportunidade de sobra para exibir os vestidos tubo delicadamente enfeitados ou debruados de franjas, plumas ou peles. Cuidaram muito também de escolher para esta roupas tecidos da melhor qualidade - tendo, inclusive, achado uma lã com um trabalho que se parecia com uma laise em tamanho maior. Ar livre? Só se for para ir assistir a uma corrida de cavalos ou para ser madrinha de um casamento muito chic, com seus vestidos e mantôs na altura do joelho. Por isso a passarela da marca não mostrou nenhuma calça comprida, nenhuma bermuda, nenhuma roupa mais esportiva. Não que esta mulher tenha se preocupado com a ausência delas; ela sabe muito bem que vai encontrar várias destas peças nas lojas da marca, pois até mesmo as finas fazem suas caminhadas, tem seus trabalho e frequentam os (bons) supermercados da cidade. Uma linda, preciosa e precisa coleção de inverno que, além do mais, parece ter mais uma qualidade: agradou a todas as mulheres da plateia devendo, portanto, ser fácil de vender (e desde quando chic não combina com cheque?).
É rotina de SPFW sair de um desfile da 2nd Floor suspirando "ah, mas que graça!". Ao contrário da marca mãe, a Ellus, que tem obrigação de ser impressionante, esta tem uma pegada jovem que dá mais abertura a bonitices de passarela, sem largar mão do tino comercial. E com uma boa ajuda do styling de Letícia Toniazzo, sempre afiadíssimo - desta vez, com o apoio de máscaras de crochê criadas pela gaúcha Helen Rödel. Para o inverno, a inspiração abocanhou o hype sobre Sherlock Holmes (revivido pelo novo filme com Robert Downey Jr.) e outros detetives, incluindo o clássico jogo de tabuleiro. E o que veio foi mais uma apresentação graciosa, liderada por Adriana Bozon e sua equipe de estilo. O trenchcoat, ícone detetivesco, foi relido e reconstruído em vestidos, casacos e pelerines. A sequência foi do cinza mescla (que deu forma a leggings para elas e até para eles, mais larguinhas, tipo ceroulas) ao preto dos vestidos com pedrarias do final, passando pelo jeans azul escuro, manchado de tinta, e estampas micro e macro. Assim como na Ellus e seu leather denim, há a invenção da vez. Uma técnica de fusão mescla tranças de tricô, em ponto largo, com o moletom e a lã de casacos e abrigos. O resultado é conceitualmente bonito (vale acionar a ferramenta de zoom!), mas não deve ser um sucesso de vendas para além da bolha fashionista.
A Animale entrou num redemoinho de pesquisa tecnológica - e não está conseguindo sair. Ela quer os tecidos mais absurdos, os recortes mais improváveis, as estampas mais modernas, os adornos mais incríveis. E só o que a gente quer é se vestir bem. Mesmo com todo esse investimento, o que importa é a roupa no corpo. Nesse quesito, vale ressaltar que poucas coisas ali são realmente desejáveis, porque aquela história de fazer paletó, calça, top, vestido... É coisa do passado. O que a marca faz são vestes - que podem lembrar paletós, calças, tops, vestidos. Tudo parece um pano jogado sobre o manequim e que recebe um jato congelante - do jeito que parar, parou. É claro que as pesquisas são uma virtude. Que as tachas de acrílico dão belo efeito nas peças. Que o feltro desgastado tem personalidade. Que os recortes no tecido dão movimento às roupas, assim como as estampas, de engrenagem, têm tudo a ver com o estudo do tema - desta vez, o avanço para o futuro versus o desgaste do tempo. Mas é que o novo, muito novo, novíssimo, se usado sem parcimônia, também pode ficar datado em cinco minutos. E não era ontem mesmo que a Animale fazia a roupa das moças sexy? Se está fazendo sucesso nas lojas e, por isso mesmo, resistindo com a consultoria e a equipe de estilo, não deve ser com essas ultramodernidades todas.
E com isso, fechamos mais um dia da SPFW, contando agora os dias para o grande e magnífico encerramento. Sim, somente mais dois dias e o maior evento de moda da América Latina estará finalizado, mas sem deixar de ser lembrado, porque cada coleção é única e perfeitamente deslumbrante. Espero que tenham gostado. Agora, vamos preparando os corações para os dois últimos dias da SPFW.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Noite.
Noite.
Noite encantada.
Noite dolorosa.
Noite doida, mágica, louca.
E ainda assim, noite.
Noite que parece não terminar nunca.
Noite que às vezes passa depressa demais.
Noite encantada.
Noite dolorosa.
Noite doida, mágica, louca.
E ainda assim, noite.
Noite que parece não terminar nunca.
Noite que às vezes passa depressa demais.
O vazio.
Nada a fazer, quando algo nos faz falta precisamos preencher esse vazio.
Só que, quando o que nos faz falta é o amor, não há nada que verdadeiramente seja suficiente.
Só que, quando o que nos faz falta é o amor, não há nada que verdadeiramente seja suficiente.
26 de janeiro de 2010
SP Fashion Week [3° dia]
Oii pessoas!
Bom, agora vamos falar sobre o 3° dia da SPFW de 2010. Vou deixar aqui, meus olhares, em relação ao Inverno ... ou pelo menos, as roupas que vamos e poderemos usar... heheehe.
Inicialmente, o dia começou com a marca Iódice.
Valdemar Iódice investiu pesado no seguro. Optou por dar ênfase aos temperos e ao molho em vez de inovar na massa. Ele tem que agradar sua clientela no Brasil sem perder de vista a americana, em quem vem apostando há algum tempo. Por isso, fez os vestidos de jérsei (pretinhos, bege e roxo) que ele sabe trabalhar muito bem, dando a eles bom caimento e bom aproveitamento, e ainda os enfeitou com pregas, ombreiras, pluminhas e drapeados para um pouco de sabor. Ombros só, tomara-que-caia e mangas assimétricas davam o toque final. Todos na medida correta do comercial, nem justos nem largos, nem ousados nem sóbrios demais. Bons tambéms os vestidos com amarrações e ilhoses em versão cocktail, e os pretinhos lisos de lã usados com lindas leggings de renda e patês (sucesso de vendas garantido). A coleção teria se beneficiado se Valdemar não tivesse passado a série de peças brancas "nuvem de jacquard"; eram brancas e leves demais para um inverno, por mais brando que ele possa ser. Como a coleção, supostamente, teria a finalidade de ajudar a manter o verde na Amazônia, uma estampa pra lá de tropical em algumas peças e belíssimas bijuterias feitas de sementes de tucumã, miçangas e cipós (um acerto que muitos tentam, mas nem todos conseguem).
Seguindo, Ronaldo Fraga.
Mais inspirado do que nunca pelo prédio da Bienal de Arte, tivemos hoje a chance de conhecer melhor o Ronaldo Fraga figurinista. Saiu de cena o Ronaldo estilista e entrou o competente criador de roupas para grandes companhias de dança como foi o belo trabalho que fez para o grupo mineiro O Corpo em 2002 e para o grupo São Paulo Cia e Dança em 2008. O que Ronaldo nos mostrou hoje não foi um show de moda, mas um pequeno espetáculo em homenagem a Pina Bausch, uma das grandes coreógrafas do balé moderno, morta em 2009. Pina era alemã e minimalista, Ronaldo é mineiro e barroco; o que eles teriam em comum? O amor pelo Brasil e o espírito livre. Livre a ponto de permitir que Ronaldo tenha feito, para esta apresentação do SPFW, roupas que ficariam melhor em cima de um palco. A começar pelo fato de que não têm nem frente nem costas, assim como as máscaras que sugeriam os rostos nas costas e os cabelos pela frente. Dificilmente aquelas peças poderão ser usadas em prosaicas cenas da vida cotidiana. Ronaldo mostra que a vida é sonho e foi por estas paragens oníricas que ele circulou. Não foi um desfile, mas um belo show e uma linda homenagem à Ms. Bausch. Ela teria apreciado.
Simone Nunes dessa vez, buscou referências nas ilustrações de Amy Cutler e nas roupas da patinação artística no gelo. O resultado seria bacana não fosse, novamente, pela modelagem. Os paletós com detalhes nas laterais são bons, mas as ombreiras são mal posicionadas e repuxam as mangas. Os vestidos com ancas tridimensionais perdem o volume na parte de trás e achatam a silhueta. A calça com a barra dobrada e as peças cropped já perderam o ar de novidade e podiam ficar de fora. A estampa feita em parceira com a inglesa Liberty deveria ser mais bem aproveitada, no entanto, apareceu em pouquíssimos looks. Já o body com recortes e franjas prateadas usado com calça é uma boa aposta.
Para falar de força, Fabia Bercsek evocou de Joana D'Arc, cabelos curtos, botas de salto e cano altos, olhos pintados de preto, bijoux de correntes, tachas e... Muito rosinha, brilho, organza e babados, acredite se quiser. Essa dissonância tem a ver com a famosa crise dos 30 - ela tem 31 e fechou loja no meio do ano passado; pulou a coleção de inverno e reapareceu com lojão na coleção de verão. O que lhe corrói é a ideia de se estabelecer como artista. Ou estilista. Ou artista. Ela não consegue decidir. Daí que apareceram peças como uma bermuda de babados. Um top feito de tiras que deixa mais pele à mostra do que escondida. Eles sintetizam o momento de passagem - ela está em processo. "Não sei onde vai dar", confessa. A coleção é, ao todo, boa - mesmo que apareçam peças estranhas com uma bota vinho e a tal da bermuda. Há uma braveza nos desenhos, uma vontade de encontrar um caminho entre a roqueira e a menina, a artista e a estilista.
Já está virando padrão o movimento da Ellus: coleções clarinhas do verão e ultradark no inverno. Há um ano, com Agyness Deyn nas mãos, veio a coleção de jeans industriais, cinzas e sujos - muito da sujeira vem atingindo o denim de outras marcas só agora. Desta vez, o tema é "proteção" (oi, paranóia noventista) e o tom é, novamente, escuro. A estrela é o leather denim desenvolvido pela marca, que promete conforto do jeans mais a textura do couro. Mistura interessante, que deve ser sucesso comercial, e é base das principais peças. As calças não têm foco definido nem lançam tendências. Os rapazes ganham modelos retos e outros à lá cenoura, afunilados. Elas têm skinny e clochard, convivendo com os shortinhos ultracurtos. Na parte de cima, jaquetas bomber, camisas e coletes com a mesma matéria-prima. Seja qual for a peça que falta no seu guarda-roupa, a Ellus quer te atingir. Completando o desejo noventista, vêm sintéticos e resinados nos abrigos, camisetas e vestidos. Alinhando a marca ao sportswear que paira no ar da Bienal, elementos como ajustadores e apliques telados decoram parkas e casacos, vestidos fetichistas e do tipo paletó. E, para não ficar só no preto, cores chapadas pontuam aqui e ali - amarelo, azul e vermelho. Destaque para as botas-uau, de salto geométrico e colorido. Bela coleção, bela apresentação, roupas produzidas em indústria competente. Só vale um PS final sobre os garotos-propaganda. Cintia Dicker, nossa ruiva mais lindinha, brilha mais que Agyness Deyn. Mas apostar tantas fichas no boy toy de Madonna tem tudo para ser tiro n'água. O rapaz não tem corpo de modelo, porte de modelo ou brilho de modelo. O look final, 100% leather denim, poderia ser impressionante em qualquer dos rapazes que temos no casting nacional. Mas com Jesus, vira roupa de motoboy. Com todo o respeito à classe e ao Todo Poderoso, mas não é bem esse o foco da marca, certo?
Karen Fuke há tempos mostra que gosta do kitsch - vestidos para Molly Ringwald encarnar a eterna garota de rosa-shocking apareceram desgarrados de outros looks mais comerciais nas últimas três estações. Mas não para a próxima. Parece que a estilista finalmente assumiu as rédeas da marca e criou uma coleção forte e cheia de atitude. Colocando no mesmo liquidificador Harajuko, anos 1990, estampas de teias e cogumelos by Luisa Lovefoxxx, Karen montou as/os modelos como os personagens que habitam o livro Fruits - famoso por retratar o estilo de quem transitava pelo bairro japonês e um dos primeiros a levar o streetstyle para a biblioteca. E se ficou exagerado? Ficou, mas e daí? A Triton é feita para jovens, meninas e meninos que estão na fase de romper padrões (ou pelo menos de acharem que estão rompendo), pintar o cabelo com mechas coloridas e misturar o vestido de festa com o uniforme do colégio. O mérito está também em deixar os frufrus derreterem no calor do verão e partir para um inverno em que sobreposições fazem o shortinho ir à rua sobre uma meia-calça nada discreta, o tutu completa a camisa e os jeans skinny ganham amarrações trançadas atrás. Paetês, texturas metálicas, adesivos fluo, moletons se misturam como se fossem feitos um para o outro. Isso sem falar nos tamancos docksides - que devem ser muito difíceis de andar, mas têm apelo de moda de sobra. Assim como a Colcci (outra marca da AMC Têxtil), a Triton deixou os jeans para as araras da loja (de onde têm saída certa) e caprichou no styling da passarela.
Bom, agora vamos falar sobre o 3° dia da SPFW de 2010. Vou deixar aqui, meus olhares, em relação ao Inverno ... ou pelo menos, as roupas que vamos e poderemos usar... heheehe.
Inicialmente, o dia começou com a marca Iódice.
Valdemar Iódice investiu pesado no seguro. Optou por dar ênfase aos temperos e ao molho em vez de inovar na massa. Ele tem que agradar sua clientela no Brasil sem perder de vista a americana, em quem vem apostando há algum tempo. Por isso, fez os vestidos de jérsei (pretinhos, bege e roxo) que ele sabe trabalhar muito bem, dando a eles bom caimento e bom aproveitamento, e ainda os enfeitou com pregas, ombreiras, pluminhas e drapeados para um pouco de sabor. Ombros só, tomara-que-caia e mangas assimétricas davam o toque final. Todos na medida correta do comercial, nem justos nem largos, nem ousados nem sóbrios demais. Bons tambéms os vestidos com amarrações e ilhoses em versão cocktail, e os pretinhos lisos de lã usados com lindas leggings de renda e patês (sucesso de vendas garantido). A coleção teria se beneficiado se Valdemar não tivesse passado a série de peças brancas "nuvem de jacquard"; eram brancas e leves demais para um inverno, por mais brando que ele possa ser. Como a coleção, supostamente, teria a finalidade de ajudar a manter o verde na Amazônia, uma estampa pra lá de tropical em algumas peças e belíssimas bijuterias feitas de sementes de tucumã, miçangas e cipós (um acerto que muitos tentam, mas nem todos conseguem).
Seguindo, Ronaldo Fraga.
Mais inspirado do que nunca pelo prédio da Bienal de Arte, tivemos hoje a chance de conhecer melhor o Ronaldo Fraga figurinista. Saiu de cena o Ronaldo estilista e entrou o competente criador de roupas para grandes companhias de dança como foi o belo trabalho que fez para o grupo mineiro O Corpo em 2002 e para o grupo São Paulo Cia e Dança em 2008. O que Ronaldo nos mostrou hoje não foi um show de moda, mas um pequeno espetáculo em homenagem a Pina Bausch, uma das grandes coreógrafas do balé moderno, morta em 2009. Pina era alemã e minimalista, Ronaldo é mineiro e barroco; o que eles teriam em comum? O amor pelo Brasil e o espírito livre. Livre a ponto de permitir que Ronaldo tenha feito, para esta apresentação do SPFW, roupas que ficariam melhor em cima de um palco. A começar pelo fato de que não têm nem frente nem costas, assim como as máscaras que sugeriam os rostos nas costas e os cabelos pela frente. Dificilmente aquelas peças poderão ser usadas em prosaicas cenas da vida cotidiana. Ronaldo mostra que a vida é sonho e foi por estas paragens oníricas que ele circulou. Não foi um desfile, mas um belo show e uma linda homenagem à Ms. Bausch. Ela teria apreciado.
Simone Nunes dessa vez, buscou referências nas ilustrações de Amy Cutler e nas roupas da patinação artística no gelo. O resultado seria bacana não fosse, novamente, pela modelagem. Os paletós com detalhes nas laterais são bons, mas as ombreiras são mal posicionadas e repuxam as mangas. Os vestidos com ancas tridimensionais perdem o volume na parte de trás e achatam a silhueta. A calça com a barra dobrada e as peças cropped já perderam o ar de novidade e podiam ficar de fora. A estampa feita em parceira com a inglesa Liberty deveria ser mais bem aproveitada, no entanto, apareceu em pouquíssimos looks. Já o body com recortes e franjas prateadas usado com calça é uma boa aposta.
Para falar de força, Fabia Bercsek evocou de Joana D'Arc, cabelos curtos, botas de salto e cano altos, olhos pintados de preto, bijoux de correntes, tachas e... Muito rosinha, brilho, organza e babados, acredite se quiser. Essa dissonância tem a ver com a famosa crise dos 30 - ela tem 31 e fechou loja no meio do ano passado; pulou a coleção de inverno e reapareceu com lojão na coleção de verão. O que lhe corrói é a ideia de se estabelecer como artista. Ou estilista. Ou artista. Ela não consegue decidir. Daí que apareceram peças como uma bermuda de babados. Um top feito de tiras que deixa mais pele à mostra do que escondida. Eles sintetizam o momento de passagem - ela está em processo. "Não sei onde vai dar", confessa. A coleção é, ao todo, boa - mesmo que apareçam peças estranhas com uma bota vinho e a tal da bermuda. Há uma braveza nos desenhos, uma vontade de encontrar um caminho entre a roqueira e a menina, a artista e a estilista.
Já está virando padrão o movimento da Ellus: coleções clarinhas do verão e ultradark no inverno. Há um ano, com Agyness Deyn nas mãos, veio a coleção de jeans industriais, cinzas e sujos - muito da sujeira vem atingindo o denim de outras marcas só agora. Desta vez, o tema é "proteção" (oi, paranóia noventista) e o tom é, novamente, escuro. A estrela é o leather denim desenvolvido pela marca, que promete conforto do jeans mais a textura do couro. Mistura interessante, que deve ser sucesso comercial, e é base das principais peças. As calças não têm foco definido nem lançam tendências. Os rapazes ganham modelos retos e outros à lá cenoura, afunilados. Elas têm skinny e clochard, convivendo com os shortinhos ultracurtos. Na parte de cima, jaquetas bomber, camisas e coletes com a mesma matéria-prima. Seja qual for a peça que falta no seu guarda-roupa, a Ellus quer te atingir. Completando o desejo noventista, vêm sintéticos e resinados nos abrigos, camisetas e vestidos. Alinhando a marca ao sportswear que paira no ar da Bienal, elementos como ajustadores e apliques telados decoram parkas e casacos, vestidos fetichistas e do tipo paletó. E, para não ficar só no preto, cores chapadas pontuam aqui e ali - amarelo, azul e vermelho. Destaque para as botas-uau, de salto geométrico e colorido. Bela coleção, bela apresentação, roupas produzidas em indústria competente. Só vale um PS final sobre os garotos-propaganda. Cintia Dicker, nossa ruiva mais lindinha, brilha mais que Agyness Deyn. Mas apostar tantas fichas no boy toy de Madonna tem tudo para ser tiro n'água. O rapaz não tem corpo de modelo, porte de modelo ou brilho de modelo. O look final, 100% leather denim, poderia ser impressionante em qualquer dos rapazes que temos no casting nacional. Mas com Jesus, vira roupa de motoboy. Com todo o respeito à classe e ao Todo Poderoso, mas não é bem esse o foco da marca, certo?
Karen Fuke há tempos mostra que gosta do kitsch - vestidos para Molly Ringwald encarnar a eterna garota de rosa-shocking apareceram desgarrados de outros looks mais comerciais nas últimas três estações. Mas não para a próxima. Parece que a estilista finalmente assumiu as rédeas da marca e criou uma coleção forte e cheia de atitude. Colocando no mesmo liquidificador Harajuko, anos 1990, estampas de teias e cogumelos by Luisa Lovefoxxx, Karen montou as/os modelos como os personagens que habitam o livro Fruits - famoso por retratar o estilo de quem transitava pelo bairro japonês e um dos primeiros a levar o streetstyle para a biblioteca. E se ficou exagerado? Ficou, mas e daí? A Triton é feita para jovens, meninas e meninos que estão na fase de romper padrões (ou pelo menos de acharem que estão rompendo), pintar o cabelo com mechas coloridas e misturar o vestido de festa com o uniforme do colégio. O mérito está também em deixar os frufrus derreterem no calor do verão e partir para um inverno em que sobreposições fazem o shortinho ir à rua sobre uma meia-calça nada discreta, o tutu completa a camisa e os jeans skinny ganham amarrações trançadas atrás. Paetês, texturas metálicas, adesivos fluo, moletons se misturam como se fossem feitos um para o outro. Isso sem falar nos tamancos docksides - que devem ser muito difíceis de andar, mas têm apelo de moda de sobra. Assim como a Colcci (outra marca da AMC Têxtil), a Triton deixou os jeans para as araras da loja (de onde têm saída certa) e caprichou no styling da passarela.
E assim, terminou o 3° dia, com a Triton lindamente fechando o dia da SPFW. Olha, adorei esse terceiro dia, mas poderia ter sido menos extravasado, mais convencional, mas quem sou eu para querer que o mundo da moda seja convencional, né?
Bom, é isso... e vamos ao 4° dia do evento.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
25 de janeiro de 2010
SP Fashion Week [2° dia]
Oii pessoas!
E agora, vamos falar do segundo dia da SPFW... Estamos agora, no dia 18 de janeiro.
Nesse segundo dia, vamos falar sobre a primeira marca a mostrar sua coleção Inverno 2010: Maria Bonita.
A imagem do concreto aparente trabalhado com leveza, ícone no trabalho de Lina, deu o tom às construções de Danielle Jensen. Vide os looks iniciais, construídos em placas de tecido que dão respiro ao tom austero da roupa. O vestido chumbo, de manga assimétrica e com fendas-surpresa, deixa no chinelo qualquer bandagem no quesito sensualidade. Em soma, Jensen encaixa a marca na tendência do sportswear, gerando abrigos e calças à la jogging. Estrela: o maxipull de quadrados transparentes.
Seguindo os desfiles, Reinaldo Lourenço, que neste inverno trata de temas praticamente opostos. Os uniformes dos anos 1940 falam de militarismo; os vestidos coluna leves e transparentes falam de luz e espiritualidade. Não houve um consenso - guerra aqui, paz lá. Estará o estilista atormentado pelas duas ideias?
O militarismo vem no início, com mínis retas ou em linha A, cheias de botões, cintos e bolsos. Perceba, pelas fotos, como os bolsos são importantes nesta seção e na das calças também. A calça de modelagem retíssima, uma marca sua, veio com a boca levemente aberta e um "saiote" na frente, como na estação passada. Acompanham camisas fechadíssimas, com mangas de couro, ou jaquetas - é um look recorrente no desfile, que fica especialmente forte na versão verde, bonita e corajosa.
O ombro é marcado - levantado, bufante, pontudo, inflado. Ele praticamente faz estudos deles. Casacos com elementos dos uniformes militares também foram constantes, mas mais fortes são as peças que misturam o bolero à pelerine, formando ombros e braços amplos, bem no início da apresentação.
E agora, vamos falar do segundo dia da SPFW... Estamos agora, no dia 18 de janeiro.
Nesse segundo dia, vamos falar sobre a primeira marca a mostrar sua coleção Inverno 2010: Maria Bonita.
A imagem do concreto aparente trabalhado com leveza, ícone no trabalho de Lina, deu o tom às construções de Danielle Jensen. Vide os looks iniciais, construídos em placas de tecido que dão respiro ao tom austero da roupa. O vestido chumbo, de manga assimétrica e com fendas-surpresa, deixa no chinelo qualquer bandagem no quesito sensualidade. Em soma, Jensen encaixa a marca na tendência do sportswear, gerando abrigos e calças à la jogging. Estrela: o maxipull de quadrados transparentes.
Seguindo os desfiles, Reinaldo Lourenço, que neste inverno trata de temas praticamente opostos. Os uniformes dos anos 1940 falam de militarismo; os vestidos coluna leves e transparentes falam de luz e espiritualidade. Não houve um consenso - guerra aqui, paz lá. Estará o estilista atormentado pelas duas ideias?
O militarismo vem no início, com mínis retas ou em linha A, cheias de botões, cintos e bolsos. Perceba, pelas fotos, como os bolsos são importantes nesta seção e na das calças também. A calça de modelagem retíssima, uma marca sua, veio com a boca levemente aberta e um "saiote" na frente, como na estação passada. Acompanham camisas fechadíssimas, com mangas de couro, ou jaquetas - é um look recorrente no desfile, que fica especialmente forte na versão verde, bonita e corajosa.
O ombro é marcado - levantado, bufante, pontudo, inflado. Ele praticamente faz estudos deles. Casacos com elementos dos uniformes militares também foram constantes, mas mais fortes são as peças que misturam o bolero à pelerine, formando ombros e braços amplos, bem no início da apresentação.
É preciso ter confiança para vestir uma peça Maria Garcia e ainda assim saber encontrar seu sex appeal - porque o apelo está lá, mas é velado, meio tímido. Não há decotes óbvios e nem as minissaias são curtas para serem sexy- elas são curtas como são as roupas de uma menina que guarda no bolso um estilingue, e não uma Barbie. Daí saem shortinhos, jardineiras e macacões com jeito de roupa de menino, mas com tecidos leves, muito femininos, como georgette de seda. É uma coleção de streetwear com boas sacadas, vide o vestido de moletom cinza. E, para as noites de festa, bordados e lurex, como a tendência do inverno deve ditar. Destaque para as boas jaquetas estruturadas e os vestidos que explodem em rosa-shocking e vermelho - porque se é para se vestir de "menina", que o rosa seja o mais chamativo possível.
Para Alexandre Herchcovitch (feminino), o verão foi esportivo; o inverno será suntuoso e solene. Nada de ar puro, vida ao ar livre e torcida organizada; agora o clima é gelado, o ambiente iluminado por velas e o ar é perfumado. Qualquer cenário menos rico não será digno desta coleção sensacional em sua concepção e em sua execução. Alexandre foi à Russia, mais precisamente à Georgia, e mergulhou nos trajes típicos de suas mais ricas e exigentes habitantes para sair de lá com os olhos cheio dos mais finos bordados, da melhor pedraria e do mais trabalhado dos tecidos. Sua coleção mostra o resultado desta viagem em mantôs curtos debruados de pele em pontas assimétricas, saias godês com barras cobertas de pedras ou paetês gigantes, golas altas para vestidos, jaquetas e vestidos. Peças menos imperiais, como bermudas e calças, ele deu um jeito de transformar em trajes nobres usando incrustrações de renda e mais pedras coloridas. Os acessórios não ficam atrás e trazem na cabeça, nas meias, nos manchons de vison e nos adereços como colares e pulseiras as mesmas características de realeza e de riqueza. Parece pesado? Pois aí entra o talento e a arte de Herchcovitch: ele consegue que todo esse brilho e todos estes bordados e peles se misturem sem a menor dificuldade aos seus tradicionais xadrezes, suas lãs escuras, suas formas desafiadoras e inquietas. Nada nessas roupas envelhece, "emburguesa" ou vulgariza quem for usá-la. Arte só ajuda.
Tem sido interessante observar as coleções da Cori nos último anos, desde que começou a chamar diferentes estilistas para se encarregarem de desenhar sua moda. Foram até agora muito felizes em suas escolhas e nos resultados vistos da passarela (não sabemos detalhes das performances comerciais de cada uma delas). A primeira parceria foi em 2002 com Alexandre Herchcovitch, depois foi vez da Neon e agora temos Gisele Nasser e Andrea Ribeiro no comando do estilo da marca (esta é a segunda temporada da dupla). Todos eles souberam imprimir a ela suas caracterísiticas pessoais, sem que se ignorasse o forte estilo da casa e o gosto de suas clientes. A dupla atual de designers mostrou uma coleção compacta em torno de uma idéia extremamente comercial - ou pelo menos imaginamos que seja dada a frequência com que apareceu nas passarelas cariocas - a saia arredondada. Com mão segura e uma alfaiataria muito bem construída Gisele e Andrea colocaram na passarela do seu inverno uma infinidade de vestidos, mantôs e saias com pregas muito definidas que terminavam costuradas na bainha criando o movimento inflado. Souberam também trabalhar bem as mangas criando peças movimentaadas com seus volumes e cavas bem colocadas. Bonitas as peças em lã de efeito degradê nos terninhos e mantôs, assim como as peças em couro fininho e macio para top e vestidos. Mais do que a modelagem, as boas cores ajudaram a dar variedade aos modelos desta coleção.
Esta foi a primeira coleção que ele pensou e assinou sozinho para a marca - a anterior ainda teve Tufi Duek nos primeiros momentos. Com Patti Wilson, stylist grifada, vestindo as moças no camarim, ele fez questão de mostrar as peças, uma a uma, frisando que queria deixar uma mensagem clara: a sensualidade, DNA da marca, feita de peças decotadas, mas nunca justas. Outra referência foi a própria Forum dos anos 1990 - minimalismo, preto, fivelas. Na hora da pesquisa, um banho de Helmut Newton. A coleção é mais sofisticada do que as anteriores, em que o sexy andava meio pesado. Tem volumes rígidos nas saias de couro box, que ele chama de saia caixa, porque elas ficam meio quadradinhas. Há regatas, camisetas e camisas, bem simples e perto do corpo, que são combinadas com calças de gancho baixo e curtas - a de paetês é especialmente bonita. Alças que desenham linhas no corpo, vestidos de saia godê ou formato casulo; decotes angulosos e profundos e macacões longilíneos ajudaram a fazer o inverno "limpo", mas não frio, da marca. Deve agradar as clientes, que, muito provavelmente, andam sentindo falta daquela Forum bacana e certeira, que criava roupas-desejo. Ainda mais porque esta coleção tem materiais interessantes como a celulose e o neoprene dublado de seda, que dão o caimento dos dias atuais.
Discípulos de Balenciaga, Francisco Costa e Prada, a gente vê sempre. Mas de Viktor&Rolf, é novidade. Samuel é o mais novo candidato. Ele poderia ter dado o crédito no release, mas o assunto principal no texto é Chippendale, o rebuscado designer de mobiliário inglês do século 18. Para falar do tema, Samuel revestiu suas modelos de vestidos e saias de formas quarentistas. E dá-lhe detalhe de capitonê acolchoado, que deixava tudo bem volumoso. Ele trabalhou o silicone de uma forma interessante, mas foram os panos pesados que o seduziram mais - uma pena.
Bom, e assim terminou o 2° dia da SPFW. Espero que tenham gostado.
Bem, desculpem-me pela demora, mas é que realmente, está corrido pra mim, escrever sobre todos os dias, detalhar os desfiles e tudo mais... ainda porque, existem críticos muito melhores do que eu... hahuahuauh
Você já amou tanto assim?
Eu recebi esse e-mail, tão lindamente enviado pela minha melhor amiga, Jehzinha!
Bom, o e-mail, como já diz o título, fala de amor, aquele amor incondicional e puro, simples e lindo.
Por conta disso, vou postar aqui para vocês!
"Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos, moravam em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.
Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.
Chegando no quarto de sua senhora, ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor?
- Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre. Então triste pelo esposo, a senhora disse-lhe:
- Deus vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe as vistas para que não presencia esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido esposo, e ele todos os dias dizia-lhe:
COMO EU TE AMO!
E assim viveram 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro, quando todos se despediam, então veio aquele senhor sem seus óculos escuros e sem sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando o rosto e acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante: “Como você é linda meu amor, eu te amo muito”.
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre e, olhando nos olhos dele, o velhinho apenas falou:
- Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil e, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisa, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!"
Fica aqui a dica para aqueles que temem o amor, ou o que ele nos faz pensar e fazer.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Bom, o e-mail, como já diz o título, fala de amor, aquele amor incondicional e puro, simples e lindo.
Por conta disso, vou postar aqui para vocês!
"Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos, moravam em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes.
Até que um dia...
Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.
Chegando no quarto de sua senhora, ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor?
- Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre. Então triste pelo esposo, a senhora disse-lhe:
- Deus vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe as vistas para que não presencia esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido esposo, e ele todos os dias dizia-lhe:
COMO EU TE AMO!
E assim viveram 20 anos até que a senhora veio a falecer.
No dia de seu enterro, quando todos se despediam, então veio aquele senhor sem seus óculos escuros e sem sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando o rosto e acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante: “Como você é linda meu amor, eu te amo muito”.
Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre e, olhando nos olhos dele, o velhinho apenas falou:
- Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando a vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados!
Na vida temos de provar que amamos!
Muitas vezes de uma forma difícil e, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisa, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!"
Fica aqui a dica para aqueles que temem o amor, ou o que ele nos faz pensar e fazer.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
21 de janeiro de 2010
SP Fashion Week [1° dia]
Oii pessoas!
Acho que vou falar sobre algo que gosto nesse post, MODA!
Bom, como muitos sabem, eu me interesso muito por moda, tendências, estilos, grifes, achados, estilistas, meios e modos que se relacionam com a moda e com a forma das pessoas se vestirem.
A SPFW (São Paulo Fashion Week) acontece todo o ano, em São Paulo, na Bienal do Parque Ibirapuera.
Esse ano, a moda Inverno 2010, teve início no dia 17 de Janeiro e vai até o dia 22 de Janeiro.
Esse ano, o tema de abordagem, tem muito a ver com a moda, LINGUAGENS, esse é o tema da SPFW 2010.
Esse tema, "Linguagens", reforça a importância da comunicação e veiculação de ideiais.
Vou colocar agora, uma lista, que é o cronograma do evento (Desfile de Inverno 2010):
Acho que vou falar sobre algo que gosto nesse post, MODA!
Bom, como muitos sabem, eu me interesso muito por moda, tendências, estilos, grifes, achados, estilistas, meios e modos que se relacionam com a moda e com a forma das pessoas se vestirem.
A SPFW (São Paulo Fashion Week) acontece todo o ano, em São Paulo, na Bienal do Parque Ibirapuera.
Esse ano, a moda Inverno 2010, teve início no dia 17 de Janeiro e vai até o dia 22 de Janeiro.
Esse ano, o tema de abordagem, tem muito a ver com a moda, LINGUAGENS, esse é o tema da SPFW 2010.
Esse tema, "Linguagens", reforça a importância da comunicação e veiculação de ideiais.
Vou colocar agora, uma lista, que é o cronograma do evento (Desfile de Inverno 2010):
17 de janeiro (domingo)
11h - Cavalera
15h - Osklen
16h - Priscilla Darolt
17h -Fause Haten
18h30 -Mario Queiroz
20h15- Rosa Chá
21h30 - Colcci
11h - Cavalera
15h - Osklen
16h - Priscilla Darolt
17h -Fause Haten
18h30 -Mario Queiroz
20h15- Rosa Chá
21h30 - Colcci
18 de janeiro (segunda)
10h - Maria Bonita
12h30 - Reinaldo Lourenço
15h - Maria Garcia
17h - Alexandre Herchcovitch (feminino)
18h30 - Cori
20h00 - Fórum Tufi Duek
21h30 - Samuel Cirnasck
10h - Maria Bonita
12h30 - Reinaldo Lourenço
15h - Maria Garcia
17h - Alexandre Herchcovitch (feminino)
18h30 - Cori
20h00 - Fórum Tufi Duek
21h30 - Samuel Cirnasck
19 de janeiro (terça)
12h30 - Iódice
15h - Ronaldo Fraga
16h30 - Simone Nunes
18h - Fabia Berseck
19h30 - Ellus
21h - Triton
12h30 - Iódice
15h - Ronaldo Fraga
16h30 - Simone Nunes
18h - Fabia Berseck
19h30 - Ellus
21h - Triton
20 de janeiro (quarta)
13h30 - Gloria Coelho
15h - Erika Ikezili
16h30 - Amapô
18h - Huis Clos
19h30 - 2nd Floor
21h - Animale
13h30 - Gloria Coelho
15h - Erika Ikezili
16h30 - Amapô
18h - Huis Clos
19h30 - 2nd Floor
21h - Animale
21 de janeiro (quinta)
12h - Alexandre Herchcovitch (masculino)
15h - Oestúdio
16h - Jefferson Kulig
17h30 - V.Rom
19h - Neon
20h - Wilson Ranieri
21h30 - Lino Villaventura
12h - Alexandre Herchcovitch (masculino)
15h - Oestúdio
16h - Jefferson Kulig
17h30 - V.Rom
19h - Neon
20h - Wilson Ranieri
21h30 - Lino Villaventura
22 de janeiro (sexta)
12h - Isabela Capetto
15h - Carlota Joakina
17h - Reserva
18h30 - Do Estilista
20h - André Lima
12h - Isabela Capetto
15h - Carlota Joakina
17h - Reserva
18h30 - Do Estilista
20h - André Lima
Iniciando e abrindo o maior evento de moda da América Latina, a marca Cavalera, quem abre o calendário paulistano, em um lugar que é a cara da cidade: a passarela vai ser a Galeria do Rock. A inspiração do desfile é Sexo, moda e Rock'n'roll e teve trilha sonora ao vivo de Iggor Cavalera - um dos criadores da marca, em 1995.
Logo após, Osklen, o desfile de inverno nos fez esquecer o redondo dos confetes e o sinuoso das serpentinas. Outra parte importante da apresentação foram os tricôs grosseiros versus molengos, de listras ou cores blocadas, no fundo preto - um belo respiro em meio aos quadrados. Depois deles veio outra dose de geometria e dobradura. Havia, o tempo todo, essa ideia do dissonante, do ângulo reto em formas orgânicas
E ainda no dia 17, Priscila Darolt, que já estamos acostumados a ver enterrar a feminilidade das suas roupas sob estruturas e texturas, assimetrias e desconstruções, tecidos esquisitos e zíperes. Pois que surpresa a estilista fazer uma coleção femme fatale e sexualizada, com o espartilho como ponto de partida. É claro que, no universo daroltiano, nada é tão simples assim. E é aí que está a graça da moça. Seu inverno contrasta a seda (com sugestivas orquídeas em maxiestampa) à pegada do sportswear que está no ar.
Em seguida, FH por Fause Haten, que já tinha avisado no material divulgado via assessoria de imprensa que para esta coleção "desenvolveu um exercício de liberdade suprema. Buscou o caos. Perguntava-se: "o que não se acrescentaria a este look de jeito nenhum? Pois é isto mesmo que vamos acrescentar!". E o resultado foi um desfile dos muitos - muito tecido, muita pele, muito brilho, muita estampa de bicho, muitas peças ao mesmo tempo (calça mais saia curta, saia longa mais minissaia), muita peruca cobrindo os olhos. O look mais simples era de um vestido de cetim de seda vinho mais meia-calça com estampa de cobra mais soquete de lurex mais colar de pedras coloridas. E ainda tinham produções volumosas que lembravam o japonismo dos anos 1980, cinturas marcadas com divas da década de 1950, moulage, alfaiataria, godês...
Seguindo, Mario Queiroz atravessou o Canal de Mancha e foi parar no Reino Unido. A explicação da vez é o encontro de um punk e um gentleman no metrô de Londres. Mas ele esqueceu de colocar na equação um chav, neo-tribo inglesa de jovens baderneiros e (mais ou menos) fashionistas.
Ainda no dia 17, Rosa Chá, trazendo: o que lingerie tem a ver com mergulho? Para Alexandre Herchcovitch, tudo. "Sempre estudei lingerie e adoro mergulho - apesar de não mergulhar. O que une os dois assuntos é que as peças têm que ser justas", explicou ele, que tem uma roupa de neoprene dos anos 1980, específica para a prática do esporte, no seu acervo. "Coisa de estilista".
E para finalizar o 1° dia de desfiles da maior e melhor semana de moda em São Paulo, não poderia deixar de ser a minha marca preferida em todos os sentidos: Colcci.
O jeans continua lá - ainda desgastado e às vezes colorido - mas abre espaço para uma série de tricôs, de cachecóis e polainas a máxi pulls. Com o tema Viajantes, a marca reproduziu na passarela a imagem de um mochileiro, desses que se encontra em estações de trem e em hostels mundo afora: em cima, chapéu, mangas compridas, camisa xadrez, suéteres e até uma capa de chuva de plástico transparente - como se cada peça fosse adicionada displicentemente em cada destino; embaixo, shortinhos para elas, e boas calças molengas, quase ceroulas, para eles, botinas e meias grossas. Há uma ideia de conforto e liberdade em tudo isso reforçada pelo clima setentista dos vestidos de saias amplas e longas. Militarismo é outra tendência que apareceu na passarela nas peças em verde militar, que dividiu a cartela de cores com cinza e rosados. A coleção é bem comercial (o que não é problema para a Colcci, já que a intenção é vender mesmo - e muito) e a marca aposta provavelmente no que vende facilmente, no entando, poderia ter dado férias aos vestidinhos e batas de babados que se repetem estação após estação.
E assim, terminou o 1° dia de desfiles na Bienal do Ibirapuera. A semana da moda está só começando, e eu? Vou continuar de olho, lógico que estou atrasado em relação a falar certo sobre os dias, mas é que tenho que absorver o máximo de informação possível para poder postar.
Espero que tenham gostado, pois está sendo um prazer falar sobre moda!
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Seguindo, Mario Queiroz atravessou o Canal de Mancha e foi parar no Reino Unido. A explicação da vez é o encontro de um punk e um gentleman no metrô de Londres. Mas ele esqueceu de colocar na equação um chav, neo-tribo inglesa de jovens baderneiros e (mais ou menos) fashionistas.
Ainda no dia 17, Rosa Chá, trazendo: o que lingerie tem a ver com mergulho? Para Alexandre Herchcovitch, tudo. "Sempre estudei lingerie e adoro mergulho - apesar de não mergulhar. O que une os dois assuntos é que as peças têm que ser justas", explicou ele, que tem uma roupa de neoprene dos anos 1980, específica para a prática do esporte, no seu acervo. "Coisa de estilista".
E para finalizar o 1° dia de desfiles da maior e melhor semana de moda em São Paulo, não poderia deixar de ser a minha marca preferida em todos os sentidos: Colcci.
O jeans continua lá - ainda desgastado e às vezes colorido - mas abre espaço para uma série de tricôs, de cachecóis e polainas a máxi pulls. Com o tema Viajantes, a marca reproduziu na passarela a imagem de um mochileiro, desses que se encontra em estações de trem e em hostels mundo afora: em cima, chapéu, mangas compridas, camisa xadrez, suéteres e até uma capa de chuva de plástico transparente - como se cada peça fosse adicionada displicentemente em cada destino; embaixo, shortinhos para elas, e boas calças molengas, quase ceroulas, para eles, botinas e meias grossas. Há uma ideia de conforto e liberdade em tudo isso reforçada pelo clima setentista dos vestidos de saias amplas e longas. Militarismo é outra tendência que apareceu na passarela nas peças em verde militar, que dividiu a cartela de cores com cinza e rosados. A coleção é bem comercial (o que não é problema para a Colcci, já que a intenção é vender mesmo - e muito) e a marca aposta provavelmente no que vende facilmente, no entando, poderia ter dado férias aos vestidinhos e batas de babados que se repetem estação após estação.
E assim, terminou o 1° dia de desfiles na Bienal do Ibirapuera. A semana da moda está só começando, e eu? Vou continuar de olho, lógico que estou atrasado em relação a falar certo sobre os dias, mas é que tenho que absorver o máximo de informação possível para poder postar.
Espero que tenham gostado, pois está sendo um prazer falar sobre moda!
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
15 de janeiro de 2010
Coisas úteis...
Oii pessoas!
Hoje eu estava dando aquela fuçada básica na net, quando me deparei com algo que é muito interessante, tanto pra mim quanto para a maioria dos jovens de hoje em dia.
Acnes... são problemas hormonais que atingem cerca de 97% dos jovens entre 13 e 21 anos. Parece loucura, mas isso é mais do que apenas uma coisa que "a vida nos dá", é algo que vem do nosso corpo mesmo, da nossa pele, da nossa vida. É algo que não se tem controle... é natural, uma hora tem de acontecer.
Agora eu vou explicar melhor o que é a acne e como ela se forma, além de possíveis tratamentos.
Primeiramente, o nome do nosso "Cravo" e da nossa "Espinha" é Demodex folliculorum.
O que é Demodex folliculorum?
É um pequeno ácaro, de forma alongada típica, responsável pelo cravo cutâneo.
Se localiza nos folículos pilosos do rosto, costas e peito dos homens. As espécies fêmeas grávidas, migram para as glândulas sebáceas, onde depositam seus ovos.
A transmissão desse tipo de ácaro é pelo contato direto.
Hoje eu estava dando aquela fuçada básica na net, quando me deparei com algo que é muito interessante, tanto pra mim quanto para a maioria dos jovens de hoje em dia.
Acnes... são problemas hormonais que atingem cerca de 97% dos jovens entre 13 e 21 anos. Parece loucura, mas isso é mais do que apenas uma coisa que "a vida nos dá", é algo que vem do nosso corpo mesmo, da nossa pele, da nossa vida. É algo que não se tem controle... é natural, uma hora tem de acontecer.
Agora eu vou explicar melhor o que é a acne e como ela se forma, além de possíveis tratamentos.
Primeiramente, o nome do nosso "Cravo" e da nossa "Espinha" é Demodex folliculorum.
O que é Demodex folliculorum?
É um pequeno ácaro, de forma alongada típica, responsável pelo cravo cutâneo.
Se localiza nos folículos pilosos do rosto, costas e peito dos homens. As espécies fêmeas grávidas, migram para as glândulas sebáceas, onde depositam seus ovos.
A transmissão desse tipo de ácaro é pelo contato direto.
Esse é o nosso querido "cravo" que posteriormente se tornará uma espinha.
Tecnicamente, acho que poucos sabiam que o cravo é um ácaro. Normalmente as pessoas acham que são somente dejetos de células mortas, mas não... é um ser vivo, unicelular, mas vivo. É constituído por cabeça, tórax, sendo eles unidos.
Quando morto [a forma é interessante, pois quando exprememos o cravo, normalmente, não retiramos o corpo total do ácaro, sendo assim, a parte restante do ácaro que continua no folículo, se torna pûs, tendo assim, a formação da nossa adorava e temida espinha.
A espinha, nada mais é do que, um resto do corpo do ácaro em decomposição, juntamente com o acúmulo de sujeira que adquirimos durante os dias, fazendo assim, com que a sujeira e putrefação do corpo formem o pûs, causando inflamações e até mesmo manchas, se "estouradas" incorretamente.
DICAS!
Primeiro de tudo: NUNCA exprema as espinhas e cravos. Isso pode ocasionar manchas ou falhas no rosto.
Lave sempre o rosto com água e sabonete glicérico. Peles oleosas tendem a acumular mais sujeira, causando assim, maiores infecções.
Use regularmente um produto específico para combater as acnes. Exemplos bons são adestringentes, sabonetes especializados, pomadas, produtos de limpeza de pele.
Tenha uma alimentação saudável. Sim, a alimentação irregular provoca sim, um aumento na produção dos hormônios causadores das acnes... Bons exemplos: Frituras, doces, e produtos derivados de gordura vegetal ou animal, o chocolate é um deles.
MITO:
Chocolate não é o principal causador das acnes. Isso é um mito.
O que acontece é que, como o chocolate é extremamente gorduroso, promove a produção de mais hormônios sebáceos, causando assim, acúmulo de sujeira, oleosidade e posteriormente, as acnes.
Espero que esse post tenha sido útil.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Quando morto [a forma é interessante, pois quando exprememos o cravo, normalmente, não retiramos o corpo total do ácaro, sendo assim, a parte restante do ácaro que continua no folículo, se torna pûs, tendo assim, a formação da nossa adorava e temida espinha.
A espinha, nada mais é do que, um resto do corpo do ácaro em decomposição, juntamente com o acúmulo de sujeira que adquirimos durante os dias, fazendo assim, com que a sujeira e putrefação do corpo formem o pûs, causando inflamações e até mesmo manchas, se "estouradas" incorretamente.
DICAS!
Primeiro de tudo: NUNCA exprema as espinhas e cravos. Isso pode ocasionar manchas ou falhas no rosto.
Lave sempre o rosto com água e sabonete glicérico. Peles oleosas tendem a acumular mais sujeira, causando assim, maiores infecções.
Use regularmente um produto específico para combater as acnes. Exemplos bons são adestringentes, sabonetes especializados, pomadas, produtos de limpeza de pele.
Tenha uma alimentação saudável. Sim, a alimentação irregular provoca sim, um aumento na produção dos hormônios causadores das acnes... Bons exemplos: Frituras, doces, e produtos derivados de gordura vegetal ou animal, o chocolate é um deles.
MITO:
Chocolate não é o principal causador das acnes. Isso é um mito.
O que acontece é que, como o chocolate é extremamente gorduroso, promove a produção de mais hormônios sebáceos, causando assim, acúmulo de sujeira, oleosidade e posteriormente, as acnes.
Espero que esse post tenha sido útil.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
11 de janeiro de 2010
O passado...
Oi pessoas!
Hoje eu acho que vou, de novo, fazer do meu blog um diário de confissão...
Vamos começar do início, para não ficar confuso as coisas...
Data: 02-01-2010
Sim, começa esse ano, todo o meu dilema que envolve meu passado... Como muitos sabem, eu não sou e nem nunca fui santo, tanto que eu tive alguns relacionamentos... Sendo eles, somente alguns dos poucos, lindos e maravilhosos e também outros complicados... Mas fora isso, o meu passado é até que gostoso de lembrar, tive pessoas lindas e maravilhosas na minha vida, de que me orgulho muito de voltar a falar e dizer que sinto saudades, que tenho excelentes lembranças...
E me aconteceu algo fora do comum nesse dia, uma pessoa com quem não falo há anos, aliás, não tenho informações há anos, simplesmente resurgiu na minha vida como um feiche de luz. Essa pessoa fez parte da minha vida, numa época muito importante, pois foi com essa pessoa que descobri o que é o amor e como me relacionar, amar e ser amado incondicionalmente. Surgiu a uns 5, 6 anos atrás. Foi considerado, meu primeiro amor.
Até certo ponto, eu estava bem, foi só uma coisa notória que havia ocorrido, mas de alguma forma, mudou alguns aspectos nos pensamentos, ações... Eu estava mexido, minhas reações foram completamente diferentes do que esperava.
O dia terminou e eu estava alí, imóvel, pensando, sentado, com um livro o qual não consiguia prestar atenção na primeira linha... e a noite chegou.
Dormi mal, o que não seria novidade... quando as coisas acontecem e eu não tenho controle, fico muito pensativo, e com isso não consigo dormir...
Data: 03-01-2010
E o dia seguinte me deixou mais ainda pensativo, pois eu sabia que iria me encontrar com ele, de alguma forma, não sei bem como explicar isso, mas sabia... E não é que eu tenho o chamado "6° sentido feminino" e de desta forma, eu o encontrei, caminhando no centro, estava longe quando o avistei, por isso nem dei tanta importância, talvez ele não tivesse me visto, o que seria muito bom, mas ele me viu e veio a meu encontro... Nesse momento, eu gelei. Pedi ainda ao Alê que me tirasse dali, pois estava me sentindo incomodado... mas não deu tempo de sair, e ele me falou "Oi". Nossa, nunca pensei que diria isso, mas essa palavra fez minhas pernas bambearem, mas de tal maneira que eu quase cai ao chegar mais perto dele para cumprimentar... rsrs.
Conversamos, falamos das nossas experiências de vida, sobre nossos dias longes um do outro... e a tarde chegou... Fomos almoçar para continuar a conversar.
Gente, como eu gosto de falar né... HAHA... tanto que passamos basicamente o dia todo conversando... e de algum modo, estava feliz em recordar o passado. Foram momentos belos, mesmo porque, conversar sobre o passado não me feriu, pois nesse momento do meu passado, eu jamais tivera sido machucado, magoado, ferido... E muito pelo contrário, foi nesse pedaço do meu passado que aprendi muitas coisas, onde engrandeci minha vida, meus pensamentos, minha personalidade... Nesse mesmo passado, aprendi a amar, sorrir, sentir ciúmes, ter raiva, impaciência, paixão e carinho pelas pessoas...
Gente, em dois dias, eu revivi 5, 6 anos de um tempo que não volta mais, infelizmente...
O que importa é que somos felizes do jeito que estamos, mesmo eu ter sofrido tanto e ele nem um décimo do que eu passei...
Ele sentiu raiva da pessoa que me fez isso, mas duas palavras mudaram a forma dele de pensar: "eu amo" ... isso fez com ele pensasse se sentir aquela raiva me deixaria mais ou menos feliz... por incrível que pareça, ele pensou na minha posição em relação a pessoa antes de criticar...
Nesse momento foi que notei que ainda existem pessoas que pensam no bem estar das outras antes de criticar e apedrejar as outras, mesmo que tenham feito algo muito ruim...
Dizer que foi ruim, não dá pra fazer, pois foi bom, aliás, muito bom, revê-lo, mesmo que por pouco tempo.
Data: 04-01-2010
Esse acho que foi o dia que eu mais estive bravo no ano. Acho que foi a primeira vez, no ano, que eu perdi realmente a minha paciência e educação [uma coisa rara de se acontecer, muito raro mesmo.]
Estava eu, pronto para ir a uma festa de aniversário, de um amigo da minha irmã, quando começaram as provocações.
Eu não irei detalhar os fatos, pois acho muito sem sentido, mas vamos dizer que, a partir do momento que estava me arrumando [indo tomar banho, trocar de roupa, ficar pronto e sair de casa], perdi completamente o bom humor.
Imaginem depois uma festa, super legal, bem organizada, linda, praticamente sem defeitos... A não ser um: A pessoa que me tirou do sério. Lógico que ele estava presente, logo, assim que uma pessoa se entrega incontrolavelmente a bebidas fortes, o resultado é alguém completamente descontrolado, cujo o popular chega a ser um BÊBADO!
Dá pra imaginar o resto? Se não der, eu resumo e você tenta criar...
Primeiramente, um lugar lindo, no caso uma casa linda, bem decorada, com pessoas bonitas que foram convidadas, boa comida e bebida, música muito gostosa... Pessoas conversando e dançando, pois estavámos entre amigos, e esse ser bêbado, começa a dirigir palavras de baixo calão a essa pessoa que vos escreve.
Depois disso, uma agressão... primeiramente verbal, um momento que a pessoa se mostrou completamente preconceituosa e nojenta, depois física, onde eu, perdi o controle e revidei a agressão, causando assim, um aglomerado de pessoas para bater, separar e expulsar esse ser da festa.
Resultado de tudo isso: eu fiquei mal, pois alguém que é parte da minha vida se sentiu envergonhada, mas ainda assim, orgulhosa da coragem dos amigos e da família, no caso eu, em revidar as agressões.
Depois disso, os outros dias, estão sendo tensos, mas estou levando... Mas por conta disso, estou adiando uma volta que era pra ser demorada... E tudo por falta de caráter e personalidade.
Antes de voltar, queria pensar, por isso, resolvi voltar no anonimato. Ninguém irá saber... acho que somente aqueles que eu achar que devem...
Bom, era isso que eu estava falando no post anterior, denominado "Uma Introdução..."
Espero ter esclarecido.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Hoje eu acho que vou, de novo, fazer do meu blog um diário de confissão...
Vamos começar do início, para não ficar confuso as coisas...
Data: 02-01-2010
Sim, começa esse ano, todo o meu dilema que envolve meu passado... Como muitos sabem, eu não sou e nem nunca fui santo, tanto que eu tive alguns relacionamentos... Sendo eles, somente alguns dos poucos, lindos e maravilhosos e também outros complicados... Mas fora isso, o meu passado é até que gostoso de lembrar, tive pessoas lindas e maravilhosas na minha vida, de que me orgulho muito de voltar a falar e dizer que sinto saudades, que tenho excelentes lembranças...
E me aconteceu algo fora do comum nesse dia, uma pessoa com quem não falo há anos, aliás, não tenho informações há anos, simplesmente resurgiu na minha vida como um feiche de luz. Essa pessoa fez parte da minha vida, numa época muito importante, pois foi com essa pessoa que descobri o que é o amor e como me relacionar, amar e ser amado incondicionalmente. Surgiu a uns 5, 6 anos atrás. Foi considerado, meu primeiro amor.
Até certo ponto, eu estava bem, foi só uma coisa notória que havia ocorrido, mas de alguma forma, mudou alguns aspectos nos pensamentos, ações... Eu estava mexido, minhas reações foram completamente diferentes do que esperava.
O dia terminou e eu estava alí, imóvel, pensando, sentado, com um livro o qual não consiguia prestar atenção na primeira linha... e a noite chegou.
Dormi mal, o que não seria novidade... quando as coisas acontecem e eu não tenho controle, fico muito pensativo, e com isso não consigo dormir...
Data: 03-01-2010
E o dia seguinte me deixou mais ainda pensativo, pois eu sabia que iria me encontrar com ele, de alguma forma, não sei bem como explicar isso, mas sabia... E não é que eu tenho o chamado "6° sentido feminino" e de desta forma, eu o encontrei, caminhando no centro, estava longe quando o avistei, por isso nem dei tanta importância, talvez ele não tivesse me visto, o que seria muito bom, mas ele me viu e veio a meu encontro... Nesse momento, eu gelei. Pedi ainda ao Alê que me tirasse dali, pois estava me sentindo incomodado... mas não deu tempo de sair, e ele me falou "Oi". Nossa, nunca pensei que diria isso, mas essa palavra fez minhas pernas bambearem, mas de tal maneira que eu quase cai ao chegar mais perto dele para cumprimentar... rsrs.
Conversamos, falamos das nossas experiências de vida, sobre nossos dias longes um do outro... e a tarde chegou... Fomos almoçar para continuar a conversar.
Gente, como eu gosto de falar né... HAHA... tanto que passamos basicamente o dia todo conversando... e de algum modo, estava feliz em recordar o passado. Foram momentos belos, mesmo porque, conversar sobre o passado não me feriu, pois nesse momento do meu passado, eu jamais tivera sido machucado, magoado, ferido... E muito pelo contrário, foi nesse pedaço do meu passado que aprendi muitas coisas, onde engrandeci minha vida, meus pensamentos, minha personalidade... Nesse mesmo passado, aprendi a amar, sorrir, sentir ciúmes, ter raiva, impaciência, paixão e carinho pelas pessoas...
Gente, em dois dias, eu revivi 5, 6 anos de um tempo que não volta mais, infelizmente...
O que importa é que somos felizes do jeito que estamos, mesmo eu ter sofrido tanto e ele nem um décimo do que eu passei...
Ele sentiu raiva da pessoa que me fez isso, mas duas palavras mudaram a forma dele de pensar: "eu amo" ... isso fez com ele pensasse se sentir aquela raiva me deixaria mais ou menos feliz... por incrível que pareça, ele pensou na minha posição em relação a pessoa antes de criticar...
Nesse momento foi que notei que ainda existem pessoas que pensam no bem estar das outras antes de criticar e apedrejar as outras, mesmo que tenham feito algo muito ruim...
Dizer que foi ruim, não dá pra fazer, pois foi bom, aliás, muito bom, revê-lo, mesmo que por pouco tempo.
Data: 04-01-2010
Esse acho que foi o dia que eu mais estive bravo no ano. Acho que foi a primeira vez, no ano, que eu perdi realmente a minha paciência e educação [uma coisa rara de se acontecer, muito raro mesmo.]
Estava eu, pronto para ir a uma festa de aniversário, de um amigo da minha irmã, quando começaram as provocações.
Eu não irei detalhar os fatos, pois acho muito sem sentido, mas vamos dizer que, a partir do momento que estava me arrumando [indo tomar banho, trocar de roupa, ficar pronto e sair de casa], perdi completamente o bom humor.
Imaginem depois uma festa, super legal, bem organizada, linda, praticamente sem defeitos... A não ser um: A pessoa que me tirou do sério. Lógico que ele estava presente, logo, assim que uma pessoa se entrega incontrolavelmente a bebidas fortes, o resultado é alguém completamente descontrolado, cujo o popular chega a ser um BÊBADO!
Dá pra imaginar o resto? Se não der, eu resumo e você tenta criar...
Primeiramente, um lugar lindo, no caso uma casa linda, bem decorada, com pessoas bonitas que foram convidadas, boa comida e bebida, música muito gostosa... Pessoas conversando e dançando, pois estavámos entre amigos, e esse ser bêbado, começa a dirigir palavras de baixo calão a essa pessoa que vos escreve.
Depois disso, uma agressão... primeiramente verbal, um momento que a pessoa se mostrou completamente preconceituosa e nojenta, depois física, onde eu, perdi o controle e revidei a agressão, causando assim, um aglomerado de pessoas para bater, separar e expulsar esse ser da festa.
Resultado de tudo isso: eu fiquei mal, pois alguém que é parte da minha vida se sentiu envergonhada, mas ainda assim, orgulhosa da coragem dos amigos e da família, no caso eu, em revidar as agressões.
Depois disso, os outros dias, estão sendo tensos, mas estou levando... Mas por conta disso, estou adiando uma volta que era pra ser demorada... E tudo por falta de caráter e personalidade.
Antes de voltar, queria pensar, por isso, resolvi voltar no anonimato. Ninguém irá saber... acho que somente aqueles que eu achar que devem...
Bom, era isso que eu estava falando no post anterior, denominado "Uma Introdução..."
Espero ter esclarecido.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
9 de janeiro de 2010
Precisando acostumar...
Oii pessoas!!
Meeeo eu só estou postando isso pra dizer que não nasci pra sentir frio!
Gente, como um lugar pode deixar alguém que já possui uma personalidade seca, fria, sentir tanto frio!? Oo'
Vou só dar uma noção do frio...

Eu gostei do lugar, mas quero o meu sol, calor e quentura de volta! Sim, nem dormir alguém consegue com esse frio nojento! =/
Querendo voltar... Tem como!?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Meeeo eu só estou postando isso pra dizer que não nasci pra sentir frio!
Gente, como um lugar pode deixar alguém que já possui uma personalidade seca, fria, sentir tanto frio!? Oo'
Vou só dar uma noção do frio...
Eu gostei do lugar, mas quero o meu sol, calor e quentura de volta! Sim, nem dormir alguém consegue com esse frio nojento! =/
Querendo voltar... Tem como!?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
6 de janeiro de 2010
Uma introdução...
Oii pessoas
Aaah faz tempo que não pergunto isso: pessoas como estamos hoje? Bom e gostoso como sempre? Hahha
Uma coisa que não me sai da cabeça são as coisas que, normalmente as pessoas fazem, mesmo que sem querer e que no fim, magoam outras...
Isso é algo que realmente me anima muito, a forma mais educada de ser irônico que encontrei, para falar que as pessoas fazem coisas sem pensar e ainda conseguem ferir outras, mas isso nem deveria me espantar... São coisas assim que vejo que me fazem ser forte a cada dia.
Eu meio que hoje sofri uma agressão verbal preconceituosa, que poderia ser evitada, se as pessoas fossem mais inteligentes, mas na sua forma mais formal de se falar, sem mensurar nada, nem mesmo aa escolhas alheias. Eu gostaria de ter evitado o confronto, mas pelo visto, as pessoas por aqui gostam disso... Gostam de tentar mostrar que são melhores, inteligentes e espertas, mas como sempre, caem do cavalo, ainda mais comprando briga com alguém como eu... Huahahhaahaua... =]
Acho que o post foi uma prévia do que aconteceu... Depois eu conto a história por completo...
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Aaah faz tempo que não pergunto isso: pessoas como estamos hoje? Bom e gostoso como sempre? Hahha
Uma coisa que não me sai da cabeça são as coisas que, normalmente as pessoas fazem, mesmo que sem querer e que no fim, magoam outras...
Isso é algo que realmente me anima muito, a forma mais educada de ser irônico que encontrei, para falar que as pessoas fazem coisas sem pensar e ainda conseguem ferir outras, mas isso nem deveria me espantar... São coisas assim que vejo que me fazem ser forte a cada dia.
Eu meio que hoje sofri uma agressão verbal preconceituosa, que poderia ser evitada, se as pessoas fossem mais inteligentes, mas na sua forma mais formal de se falar, sem mensurar nada, nem mesmo aa escolhas alheias. Eu gostaria de ter evitado o confronto, mas pelo visto, as pessoas por aqui gostam disso... Gostam de tentar mostrar que são melhores, inteligentes e espertas, mas como sempre, caem do cavalo, ainda mais comprando briga com alguém como eu... Huahahhaahaua... =]
Acho que o post foi uma prévia do que aconteceu... Depois eu conto a história por completo...
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
2 de janeiro de 2010
As perguntas...
As vezes, acho que as pessoas tem medo de me perguntar alguma coisa, por conta da minha reação, mas não precisam ter medo. Eu sei quando há a curiosidade e quando há a malícia...
Eu gosto quando as pessoas são sinceras, quando elas gostam de mostrar que a pergunta feita é para que acrescente algo a mais na vida delas sobre alguém que gostem, admiram ou até mesmo aturam, como é o meu caso.
Eu gosto de ver que as pessoas são diferentes pelo que podem perguntar com coragem e não por fazerem a mesma coisa que as demais...
Quer perguntar alguma coisa pra mim? Fique a vontade, você é livre para querer saber qualquer coisa sobre a minha vida, minha personalidade, meus sentimentos...
Mas lembre sempre que eu gosto de originalidade e sinceridade.
Criatividade sempre ;)
http://formspring.me/HidFurukawa
Eu gosto quando as pessoas são sinceras, quando elas gostam de mostrar que a pergunta feita é para que acrescente algo a mais na vida delas sobre alguém que gostem, admiram ou até mesmo aturam, como é o meu caso.
Eu gosto de ver que as pessoas são diferentes pelo que podem perguntar com coragem e não por fazerem a mesma coisa que as demais...
Quer perguntar alguma coisa pra mim? Fique a vontade, você é livre para querer saber qualquer coisa sobre a minha vida, minha personalidade, meus sentimentos...
Mas lembre sempre que eu gosto de originalidade e sinceridade.
Criatividade sempre ;)
http://formspring.me/HidFurukawa
E se foi um ano...
Oiii!
Eu vim hoje porque acho que deveria ter postado isso antes, pois teria de ser o 1° post do ano... HAHA
Mas como eu não sou das pessoas mais normais do mundo, eu estou escrevendo agora... =)
Bom, como todos sabem, a virada do ano sempre é um acontecimento muito legal na vida de todos, inclusive na minha, pois é nesse tempo que eu faço uma avaliação das coisas boas e ruins do ano e também das escolhas que fiz, tanto para mim quanto para os que estão próximos.
Eu sempre tento ver as coisas boas primeiro, pois assim, faço uma melhor escolha das coisas ruins para poder retirá-las do ano que vai se iniciar. E isso sempre dá certthino. Sempre me deixa bem, pois consigo ver onde errei no ano e consertar para que não faça novamente nesse próximo ano.
Esse ano de 2009 foi o ano dos meu maiores erros. Fiz coisas não muito legais, aceitei as coisas ruins com mais facilidade do que as coisas boas que deveriam ter sido aceitas de uma forma mais legal e simples, mas como não poderia ser diferente, eu escolho sempre da forma mais complicada. Mas isso nem importa mais... O que realmente importa é que faço desejos de que as coisas que fiz errada, não faça novamente e as coisas certas, sempre faça certo, e que sempre seja feliz, independente da escolha ter sido a certa ou a errada para os outros, mas deve ser a certa para mim.
Natal e Novo Ano em Lisboa é estoteante, linda, perfeita... em todos os aspectos, tanto culturais quanto decorativos ou comemorativos. Há uma confraternização tão linda que chega a ser invejada... Tirando o fato de que eu não gosto muito de festas, ainda mais em meio a multidões... Mas em todo o caso, eu gostei muito de passar aqui, mesmo sendo com pessoas completamente diferentes, mas ainda me senti privilegiado pela beleza, riqueza, glamour das coisas que são feitas... os show de luzes, fogos, decoração, pessoas... é tudo lindo e perfeito.
Eu devo dar atenção as festas públicas que acontecem, principalmente nas áreas mais conhecidas, como parques, centros históricos, é tudo tão bem planejado que podemos até um dia, no Brasil, chegar perto do que eles fazem... HAHA
Eu penso sempre assim, quando conhecemos um lugar que se mostra melhor que o local onde moramos, sempre queremos que nosso país, cidade, bairro, não importa, seja parecido, ou que copie ideias assim, para que tudo seja bom, não somente para nós mas para todos que no país vivem...
Eu gosto de pensar sempre coisas boas, mesmo o país estando cheio de problemas. Mas eu sempre quero e vou pensar que ele ainda vai ser considerado um modelo... um lugar lindo e perfeito para se viver...
Espero que todos tenham tido um FELIZ NOVO ANO! Muito amor, paz, saúde, felicidade, alegria, prosperidade, harmonia e sucesso!
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
Eu vim hoje porque acho que deveria ter postado isso antes, pois teria de ser o 1° post do ano... HAHA
Mas como eu não sou das pessoas mais normais do mundo, eu estou escrevendo agora... =)
Bom, como todos sabem, a virada do ano sempre é um acontecimento muito legal na vida de todos, inclusive na minha, pois é nesse tempo que eu faço uma avaliação das coisas boas e ruins do ano e também das escolhas que fiz, tanto para mim quanto para os que estão próximos.
Eu sempre tento ver as coisas boas primeiro, pois assim, faço uma melhor escolha das coisas ruins para poder retirá-las do ano que vai se iniciar. E isso sempre dá certthino. Sempre me deixa bem, pois consigo ver onde errei no ano e consertar para que não faça novamente nesse próximo ano.
Esse ano de 2009 foi o ano dos meu maiores erros. Fiz coisas não muito legais, aceitei as coisas ruins com mais facilidade do que as coisas boas que deveriam ter sido aceitas de uma forma mais legal e simples, mas como não poderia ser diferente, eu escolho sempre da forma mais complicada. Mas isso nem importa mais... O que realmente importa é que faço desejos de que as coisas que fiz errada, não faça novamente e as coisas certas, sempre faça certo, e que sempre seja feliz, independente da escolha ter sido a certa ou a errada para os outros, mas deve ser a certa para mim.
Natal e Novo Ano em Lisboa é estoteante, linda, perfeita... em todos os aspectos, tanto culturais quanto decorativos ou comemorativos. Há uma confraternização tão linda que chega a ser invejada... Tirando o fato de que eu não gosto muito de festas, ainda mais em meio a multidões... Mas em todo o caso, eu gostei muito de passar aqui, mesmo sendo com pessoas completamente diferentes, mas ainda me senti privilegiado pela beleza, riqueza, glamour das coisas que são feitas... os show de luzes, fogos, decoração, pessoas... é tudo lindo e perfeito.
Eu devo dar atenção as festas públicas que acontecem, principalmente nas áreas mais conhecidas, como parques, centros históricos, é tudo tão bem planejado que podemos até um dia, no Brasil, chegar perto do que eles fazem... HAHA
Eu penso sempre assim, quando conhecemos um lugar que se mostra melhor que o local onde moramos, sempre queremos que nosso país, cidade, bairro, não importa, seja parecido, ou que copie ideias assim, para que tudo seja bom, não somente para nós mas para todos que no país vivem...
Eu gosto de pensar sempre coisas boas, mesmo o país estando cheio de problemas. Mas eu sempre quero e vou pensar que ele ainda vai ser considerado um modelo... um lugar lindo e perfeito para se viver...
Espero que todos tenham tido um FELIZ NOVO ANO! Muito amor, paz, saúde, felicidade, alegria, prosperidade, harmonia e sucesso!
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
1 de janeiro de 2010
Difícil escolha...
Oii!
E já se foi mais um ano, e nem parece... Oo .. Mas ainda assim, foi perfeito! Queima de fogos, as pessoas ao meu redor, o vinho, os meus desejos... o todo me deixou extremamente feliz. Eu gosto quando as coisas são assim, normais, cheias de surpresas... Eu gosto assim, do meu jeito, simples, mas sempre com alegria... e no ano novo ou como ele dizem aqui, novo ano, tem de ser sempre bom, pra mim e pra quem passa comigo!
Depois de um ano cheio de coisas, surpresas, alegrias, tristezas, emoções... eu tinha que fechar com chave de ouro... família, amigos, felicidade... tudo junto!
Mas depois de tudo isso, cá estamos, eu aqui escrevendo esse post com um título bem peculiar, também pudera, eu estou num dilema, por conta do desenho da minha tattoo nova... ainda nos preparativos do desenho, já estou com dificuldades para escolher o desenho... HAHA como se isso fosse alguma coisa fora de série. Mas de verdade, eu estou com dúvidas quanto a composição do desenho que irá marcar, por toda a minha vida, meu corpo... mas seriamente, acho que estou escrevendo aqui pra ter guardado que eu estou na duvida e que estou para decidir sentir dores de novo! HAHA
Primeiramente, eu queria que esse desenho estivesse como plano de fundo ou principal do desenho em si, isso porque tem muito a ver comigo... tanto no estilo quanto no conjunto da obra... um símbolo YinYang ensolarado ouvindo um som... Tudo a ver comigo neh... hahuauhauhauh
E já se foi mais um ano, e nem parece... Oo .. Mas ainda assim, foi perfeito! Queima de fogos, as pessoas ao meu redor, o vinho, os meus desejos... o todo me deixou extremamente feliz. Eu gosto quando as coisas são assim, normais, cheias de surpresas... Eu gosto assim, do meu jeito, simples, mas sempre com alegria... e no ano novo ou como ele dizem aqui, novo ano, tem de ser sempre bom, pra mim e pra quem passa comigo!
Depois de um ano cheio de coisas, surpresas, alegrias, tristezas, emoções... eu tinha que fechar com chave de ouro... família, amigos, felicidade... tudo junto!
Mas depois de tudo isso, cá estamos, eu aqui escrevendo esse post com um título bem peculiar, também pudera, eu estou num dilema, por conta do desenho da minha tattoo nova... ainda nos preparativos do desenho, já estou com dificuldades para escolher o desenho... HAHA como se isso fosse alguma coisa fora de série. Mas de verdade, eu estou com dúvidas quanto a composição do desenho que irá marcar, por toda a minha vida, meu corpo... mas seriamente, acho que estou escrevendo aqui pra ter guardado que eu estou na duvida e que estou para decidir sentir dores de novo! HAHA
Primeiramente, eu queria que esse desenho estivesse como plano de fundo ou principal do desenho em si, isso porque tem muito a ver comigo... tanto no estilo quanto no conjunto da obra... um símbolo YinYang ensolarado ouvindo um som... Tudo a ver comigo neh... hahuauhauhauh
Juntamente com o desenho acima, eu estava pensando em colocar essas notas musicais, mas não nesse sentido e sim direita para a esquerda, subindo, como está no desenho, porque quero que a tatto se inicie nas costas, no ombro esquerdo e suba, até o pescoço... Acho que ficaria bonito e enigmático... HAHA [momento aloka]...
Outra alternativa que encontrei foi esse estilo... que por sinal eu adorei! Melhor que o pretinho básico da tattoo, mas ainda não tenho certeza, e como eu falei sobre o desenho anterior, esse segue a minha linha de raciocínio... as notas subindo da direita pra esquerda.
O legal desse desenho é que se substituirmos o símbolo que preenche o fundo, pelo símbolo que citei mais acima do YinYang, ficaria lindo! e essa notas musicais poderiam se estender mais um pouco, e começar não do canto direito como nesse mas sim, mais acima na esquerda mesmo e subir... até a nuca ou o canto esquerdo do pescoço... é uma ideia boa, eu gostei.
Bom, a base da minha tattoo são esses três desenhos... mas sempre seguindo o raciocínio do símbolo do Yoga juntamente com a música. Não sei bem o porque, mas eu gosto muito dos dois assuntos.
Bom, acho que era isso que queria compartilhar =) Espero que se comentarem, me ajudem a decidir... e aceito novas ideias... sem problemas!
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
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