Tudo bom? Então, vamos continuar a falar de moda e de glamour, beleza... Sim, vamos!
Bom, vamos agora ao segundo dia de desfile, que aconteceu no dia 10 de Junho:
Iódice
Waldemar Iodice está ficando cada vez mais “elegante”. Sua moda está indo atrás de cartelas de cores super clássicas que dão às formas, até quando são um pouco mais ousadas e leves, um certo ar senhoril. O desfile começa com preto, vai para o branco, entra no bege, vira para o marinho, solta um pouco o breque no roxo e, no final, permite-se um estampado com as ondas do mar. Os tecido, entretanto, são modernos e têm acabamentos tecnológicos de cortes a laser que atualizam de algum modo o tom geral da coleção. As formas são curtas e leves para vestidos de saias amplas, muitas delas em um bonito laise, e sempre bem marcadas na cintura, ou escorregadias e moles nos jérseis perto do corpo. Os comprimentos são democráticos e favorecem curtos, médios e longos. A Iódice trilhou um caminho seguro para lançar esta primeira parte do seu verão, mas temos a certeza (ou a esperança) de que uma segunda investida de cores e formas mais novas vai ser proposta para um alto verão mais desafiador e instigante.
Ellus
A urbanidade tecnológica do inverno da Ellus deu espaço para um verão de praia, encaixada em algum espaço entre o cenário, que fazia as vezes de backstage aberto, com as modelos preparadas aos olhos do público.
A ideia era ser uma temporada leve e casual, o que justifica a ausência total dos jeans, carro chefe da marca, no começo do desfile. Tecidos leves, belas estampas digitais e crochês deram forma a blusinhas, vestidos transparentes ou mais estruturados, com botões de osso.
É também no setor deles que aparecem os jeans coloridos desenvolvidos pela marca, de peso mais leve, quase cambraias. Rendem bem em bermudas de verão e calças largas, com pregas ou modelagem à la cenoura, de boca mais fechada.
As camisas jeans continuam, em delavê ou black, cobertas por atualizados paletós de seis botões.
Mas o destaque maior fica para a estamparia masculina. A Ellus é outra marca que aposta no floral para os rapazes (viva!). Dos menores e delicados, quase liberty, em camisas, ou misturados com xadrezes, até chegar nos estampadões havaianos, que ficam ainda melhor com o fundo escuro. E aí, vai encarar?
Água de Coco
Liana Thomaz toma emprestado imagens dos patrimônios brasileiros da humanidade para a estamparia de seu desfile no SPFW. Assim, suas peças vêm com desenhos geométricos de Brasília em preto & branco, coloridas casinhas de Ouro Preto (MG) do traço de Filipe Jardim, e um azul manchado com a ilustração de uma rosa-dos-ventos.
Os melhores no entanto são os lisos. Pense que na difícil tarefa de reinventar uma marca de biquíni a cada estação inventam-se estampas e corte muitas vezes não apropriados para o beira-mar. A marca cearense oferece boa série de básicos, como o biquíni preto tomara-que-caia em Alibe Weber, ou o coral em Gracie Carvalho. Simples assim.
Herchcovitch (Feminino)
Se no primeiro desfile do dia, o da Iódice, a tônica foi a do pouco uso de cores, na apresentação de Alexandre Herchcovitch não faltaram cores. Vieram puras e sozinhas, vieram em quadradinhos costurados, em manchas estampadas e em degradês de aerosol. Dos tons mais fortes como o turquesa, o pink, o tangerina e o verde, aos macios como o pêssego, o verde água e o lilás. Para o suporte de todos estes tons ele criou varios vestidos curtos, algumas saias e umas poucas calças bem justinhas e curtas. O foco do seus vestidos desta vez foram as mangas; nenhuma novidade, já que há tempos elas andam em muita evidência. Só que ele as fez melhor e mais do que qualquer outro, pois conseguiu dar a elas formas e ângulos novos, com volumes arquitetônicos, tridimensionalidade e até mesmo efeitos trompe-l´oeil, uma vez que de costas eram de um jeito e de frente, outro. Um encantamento.
Cori
Com menos cara de roupa de trabalho e mais jeito de fim de semana do que a marca costuma propor, Gisele Nasser e Andrea Ribeiro fizeram para a Cori looks femininos em que não faltou pano para manga - nem para saia, para vestido... O resultado é uma imagem suave e delicada, em que só pesou mesmo a quantidade extra de tecido, principalmente nos drapeados. O volume ficou melhor nas peças em que o tecido já era mais rígido, como o tweed de algodão com ráfia na trama (saia e vestido roxo, por exemplo).
Camisa com mangas volumosas + shortinho, macacões e calças curtas, saias evasê/godê fizeram companhia na passarela a bustiês, paletózinhos e as já citadas peças drapeadas. Assim como o drapê, vestidos e macaquinhos criados a partir de blazers não são uma ideia nova, mas ainda é simpática.
Camisa com mangas volumosas + shortinho, macacões e calças curtas, saias evasê/godê fizeram companhia na passarela a bustiês, paletózinhos e as já citadas peças drapeadas. Assim como o drapê, vestidos e macaquinhos criados a partir de blazers não são uma ideia nova, mas ainda é simpática.
Osklen
Foi um mergulho no mar azul a coleção da Osklen; logo, não poderia deixar de ser bonita. O mar, porém, pode apresentar algumas características que todo banhista deve conhecer antes de se aventurar em suas águas: ele pode estar quente, agitado, calmo ou frio. O mar que a Osklen nos mostrou estava tranquilo e de temperatura agradável, nem quente demais, nem fria. A malharia leve de algodão dominou as formas de calças tipo ceroula, regatas decotadas, vestidos curtos, saias tubo longas. Drapeados, enfeites de cordões, tranças, enfeitavam algumas peças tingidas manualmente em todos os tons possíveis de azul, do mais claro ao marinho. Um tecido cortado em escamas pelo laser dava a calças e vestidos o delicado efeito de uma roupa própria para sereias e outras em acabamento gelatinosos lembravam peixes brilhando na água. Grandes malhas em pontos grossos e peças em efeito de rede completavam looks masculinos femininos. Um exercício de maciez e suavidade depois das formas ousadas, armadas e arquitetônicas da coleção de inverno.
Triton
Um desfile cheio de Barbies com roupas de festa em que a anfitriã é Paris Hilton, quase um protótipo que anda e fala de verdade. A estilista Karen Fuke, que tinha olhado para o streetwear japonês no inverno, limpou um pouco o styling daquele Harajuku, mas continuou fazendo roupa para a mesma menina: alegre e que veio ao mundo para se divertir.Há humor e graça nos vestidos de saia rodada e curtos. O resultado foi tão "de menina" que Karen decidiu não apresentar o masculino dessa edição (no inverno 2011, os meninos podem voltar).
Os jeans brancos vêm largos e rasgados. Há um mix aqui também: paetês, rendas guipure, franjas. O melhor momento da coleção, porém, é justamente o que contradiz essas parties girls: a sequência de peças com referências militares, principalmente, o paletó pesado usado com vestido.E com essa "Barbie" motorizada e assim, a minha 'bitch' preferida, termina o segundo dia da SPFW 2010.
Espero que gostem e comentem.
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!
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